O presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, disse que não considera recorrer à força militar para retomar a região de Donbass e a Crimeia.
Sputnik
A autoridade ucraniana defendeu, em transmissão televisiva, a preservação da vida dos ucranianos ao invés do conflito armado.
Militares ucranianos © Sputnik / Stringer |
"Eu, como presidente, não estou pronto para perder nossas pessoas, por isso escolhi a diplomacia. Eu sempre disse que, se nós estamos falando de pessoas e territórios, a primeira prioridade são as pessoas, enquanto a segunda é o território. Eu quero tentar encontrar um caminho [de saída da crise] graças ao Acordo de Minsk e ao Quarteto da Normandia", disse Zelensky.
Zelensky ressaltou que o povo ucraniano não escolheu um presidente para o conduzir a uma guerra.
Crise
A Crimeia foi incorporada à Rússia em 2014 após um referendo realizado em março do mesmo ano. Na ocasião, 96,77% dos participantes disseram ser a favor da integração da Crimeia à Rússia.
Para o presidente russo, Vladimir Putin, a questão da Crimeia é um assunto encerrado, visto que sua incorporação à Rússia foi feita de acordo com os princípios do Direito Internacional.
O referendo foi realizado logo após um golpe de Estado ter ocorrido na Ucrânia. Como resultado, o presidente do país, Viktor Yanukovich, foi derrubado, tendo sido instaurado um novo governo.
Desde então, a Ucrânia insiste que a Crimeia configura como parte de seu território, mas que está "temporariamente ocupada".
Repúblicas autoproclamadas
Após o golpe de estado na Ucrânia, as regiões de Donetsk e Lugansk declararam sua independência de maneira unilateral. Como resposta, Kiev lançou uma campanha militar contra Donetsk e Lugansk, que já causou a morte de 13.000 pessoas, segundo a ONU.
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