A polícia de Hong Kong fez uma demonstração de força nesta segunda-feira em um distrito onde ocorreram alguns dos choques mais violentos com manifestantes nos últimos meses mas, ao invés de ser confrontada, foi apenas vaiada por espectadores.
Por Jessie Pang e Poppy McPherson | Reuters
HONG KONG - Muitos moradores de Hong Kong dizem que a polícia tem usado força excessiva contra os manifestantes — alguns deles estudantes e jovens adultos — e querem um inquérito independente sobre a ação da corporação.
Homem preso pela polícia durante protesto em bairro de Mong Kok 07/10/2019 REUTERS/Jorge Silva |
“A polícia é ridícula, está fora de controle”, disse um homem de 22 anos que observava os policiais e que se identificou somente como James. “Estamos nos aferrando às nossas crenças e tentando expressar nossas vozes para o governo, mas eles usam a força para tentar nos amedrontar e tentar nos fazer ficar em casa”.
Os policiais chegaram em vans a vários pontos do distrito de Mong Kok e marcharam pelas ruas, alguns batendo nos escudos, mas estavam em número menor do que o de jornalistas e espectadores e recuaram ao som de vaias.
Em um incidente isolado, alguns policiais do batalhão de choque recuaram e foram embora em seus veículos enquanto cerca de 150 moradores e transeuntes os provocavam, bradando “dissolvam a polícia”.
A polícia disparou gás lacrimogêneo e usou spray de pimenta contra pessoas em alguns locais e deteve algumas pessoas no distrito de classe trabalhadora, que fica do outro lado do porto e dá vista para o centro financeiro, o foco de manifestações anteriores.
Alguns manifestantes realizaram uma fuga de gato e rato com a polícia, mas não houve grandes confrontos até a noite desta segunda-feira.
Reportagem adicional de Alun John, Simon Gardner e Farah Masters
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