Início da retirada das tropas americanas abre caminho para a ofensiva militar turca contra as milícias curdas. ONU afirmou que se prepara para o pior na região.
Por G1
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou nesta segunda-feira (7) que o exército de seu país está pronto para iniciar a qualquer momento operações contra milícias curdas no nordeste da Síria. Enquanto isso, os Estados Unidos começaram a retirar suas tropas perto da fronteira turca, abrindo caminho para uma ofensiva militar e reavivando o temor sobre o retorno do Estado Islâmico à região.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou nesta segunda-feira (7) que o exército de seu país está pronto para iniciar a qualquer momento operações contra milícias curdas no nordeste da Síria. Enquanto isso, os Estados Unidos começaram a retirar suas tropas perto da fronteira turca, abrindo caminho para uma ofensiva militar e reavivando o temor sobre o retorno do Estado Islâmico à região.
Forças turcas foram vistas no domingo (6) em suas novas posições na província de Sanliurfa, na Turquia, perto da fronteira com a Síria — Foto: DHA via AP |
"Há uma frase que sempre usamos: podemos chegar a qualquer noite, sem aviso", disse Erdogan.
Atualmente no controle da região, as Forças Democráticas Sírias (FDS), constituídas por uma aliança de combatentes curdos e árabes, disseram buscar a estabilidade, mas prometeram responder a qualquer ataque.
As FDS, que receberam apoio da coalizão internacional liderada por Washington, lutaram durante anos contra o Estado Islâmico e conquistaram em março seu último reduto na Síria, em Baguz.
A situação reflete uma mudança de estratégia por parte dos Estados Unidos, que abandona os curdos, que foram os principais aliados de Washington na luta contra o grupo extremista Estado Islâmico.
A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que se prepara para o pior na região norte da Síria.
"Não sabemos o que vai acontecer (...) nos preparamos para o pior", declarou o coordenador humanitário da ONU para a Síria, Panos Moumtzis, em uma entrevista coletiva em Genebra.