A revista National Interest descreveu o cruzador submarino estratégico nuclear russo Yuri Dolgoruky como "um verdadeiro armamento do Juízo Final".
Sputnik
O autor da matéria recordou o sucesso do lançamento de quatro mísseis balísticos Bulava do mar Branco em uma zona de teste na península de Kamchatka, no final de maio de 2018, tendo percorrido mais de 5.600 km.
Submarino estratégico nuclear russo Yuri Dolgoruky © Foto / Serviço de imprensa de Sevmash |
"Bulava tem uma trajetória de voo incomum, dificultando a intercepção, e pode ser disparado enquanto o [submarino da classe] Borei está em movimento. Os mísseis de 40 toneladas podem lançar até 40 engodos [iscas] para tentar desviar o fogo dos projéteis de sistemas de mísseis antibalísticos, como o sistema de defesa de baseamento terrestre de alcance intermediário instalado no Alasca", escreveu a publicação.
Interligando o submarino russo Yuri Dolgoruky aos seus homólogos dos Estados Unidos, China, França, Reino Unido e Índia, a revista observa que Yuri Dolgoruky tem como meta primária a destruição de cidades adversárias, mesmo que outras forças nucleares já tenham sido destruídas em um primeiro ataque.
Frota de submarinos da Rússia
A revista indica que a Marinha da Rússia conta com três submarinos do tipo Borei. Trata-se de Yuri Dolgoruky, Aleksandr Nevsky e Vladimir Monomakh. O K-535 Yuri Dolgoruky é o primeiro e o principal submarino de mísseis balísticos da classe Borei, que serve na Frota do Norte da Rússia.
A embarcação, que começou a ser construída em novembro de 1996, foi batizada em homenagem ao fundador de Moscou, Yuri Dolgoruky.
"Os veículos de comunicação russos indicaram que mais dois ou seis Borei poderiam ser construídos entre meados e final de 2020, para [atingir] um total de 10 a 14 Borei de ambos os tipos", indicou o artigo.
Oito submarinos da classe Borei são suficientes para patrulhar simultaneamente os oceanos Pacífico e Ártico, conclui o autor.