Helicópteros da Força Aeroespacial da Federação da Rússia foram realocados para o aeródromo de Tabqa para garantir a segurança na área e apoiar as atividades das tropas sírias no norte do país, afirmou o especialista militar russo Igor Korotchenko.
Sputnik
No aeródromo militar de Tabqa, na província de Raqqa, no norte da Síria, onde se encontrava a base norte-americana, aterrissaram helicópteros da Força Aeroespacial Russa. Agora o local está sob o controle de Damasco.
Estruturas de madeira e ferro abandonadas na base de coordenação aérea do Exército dos EUA, em Dadat, nos arredores de Manbij, nordeste da Síria © SPUTNIK / MIKHAIL ALAEDDIN |
Em 2014, no auge da guerra na Síria, o aeródromo foi tomado por militantes do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países). No verão de 2017, estes foram expulsos por destacamentos das Forças Democráticas da Síria (FDS), aliadas dos EUA.
As FDS controlaram Tabqa e toda a província de Raqqa durante mais de dois anos, sendo nesse período que os EUA implantaram a base.
Como um oficial sírio observou, os terroristas destruíram a pista, e os americanos que os seguiram não restauraram nada. Agora os militares estão desmontando os destroços e restos de equipamento quebrado.
O especialista militar russo Igor Korotchenko explicou o porquê da chegada da Força Aeroespacial russa à região.
"Não pode haver um vácuo de segurança, então estamos ajudando o governo de Bashar Assad para que cada vez mais províncias sírias sejam uma zona de boa vizinhança. Portanto, naturalmente, as instalações que os americanos estão deixando não devem ficar abandonadas", disse Korotchenko.
Ele também observou que o aeródromo é importante porque é uma plataforma preparada para apoiar as forças sírias a partir do ar, a fim de expandir o controlo da área de responsabilidade de Damasco no norte do país.
Anteriormente, foi relatado que, dos cerca de 1.000 militares dos EUA na Síria, cerca de 150-200 permanecerão no país para controlar a guarnição de At-Tanf, no sul. O resto será retirado, mas para o vizinho Iraque e não para os EUA.