A Venezuela é vítima de um experimento de guerra não convencional e de um plano de destruição econômica, denunciou o ministro venezuelano das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, em Baku, Azerbaijão.
Sputnik
Falando na XVIII Cúpula de Chefes de Estado e de Governo do Movimento dos Países Não Alinhados, Arreaza insurgiu-se contra o que considera uma campanha hostil contra seu país.
© Sputnik / Yevgeny Odinokov |
"A Venezuela está vivendo um experimento de guerra não convencional que é acompanhado pelo roubo e pilhagem de bens e ativos da República. Exigimos desta tribuna o levantamento de todas as medidas coercivas unilaterais contra nosso país", disse ele citado na conta oficial no Twitter do Ministério das Relações Exteriores da Venezuela.
"Venezuela é vítima da investida do intervencionismo por parte de fatores externos em sua ânsia de propiciar uma mudança de governo e instaurar um regime servil a seus interesses", destacou Arreaza.
O ministro das Relações Exteriores também se pronunciou sobre a necessidade de haver um mundo livre.
O ministro venezuelano exigiu o levantamento das "medidas coercivas unilaterais" impostas ao país sul-americano e enfatizou a necessidade de reafirmar os princípios de "igualdade soberana, não intervenção nos assuntos internos, integridade territorial, respeito pelas culturas, religiões e respeito pelos direitos humanos".
Arreaza referiu que respeitar esses princípios é essencial para "garantir a paz e o desenvolvimento sustentável diante das tentativas de impor uma visão única no mundo em detrimento da tolerância e da convivência pacífica entre os povos".
"A paz é mais do que o direito da humanidade de viver sem sobressaltos [...] é o verdadeiro direito de nossos povos de decidir seu futuro sem medo de agressões externas que ameacem sua soberania nacional", disse ele.
O ministro venezuelano também destacou "a crise enfrentada pelo multilateralismo diante das agressões dos países ocidentais" e apelou ao seu apoio "para tornar real um mundo pacífico e próspero para toda a humanidade".
A reunião ministerial do MNA é um evento preparatório para a XVIII Cúpula de Chefes de Estado e de Governo dessa organização internacional, a ser realizada nos dias 25 e 26 de outubro em Baku, Azerbaijão.
Durante a cúpula, espera-se que a Venezuela transfira a presidência rotativa do Movimento para o Azerbaijão.
A Venezuela vive uma crise político-econômica que se intensificou em janeiro, depois que o líder da oposição apoiado pelos Estados Unidos, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente em exercício, algo que o governo legítimo venezuelano descreveu como uma tentativa de golpe de Estado.