Evento ocorreu nesta terça-feira (10), em Linköping, na Suécia
Por Tenente Emília Maria | Agência Força Aérea
O Ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, participaram, nesta terça-feira (10), em Linköping, na Suécia, da apresentação do primeiro F-39 Gripen brasileiro, marcando o início da fase de ensaios em voo da plataforma. Inicialmente, os voos de teste serão feitos na Suécia e, em seguida, a campanha prosseguirá no Brasil. A entrada em operação da nova aeronave de caça, na Força Aérea Brasileira (FAB), está programada para ocorrer em 2021.
Foto: Saab |
A cerimônia também contou com a presença do Embaixador do Brasil na Suécia, Nelson Antonio Tabajara de Oliveira; do Ministro da Defesa da Suécia, Peter Hultqvist; do Comandante da Força Aérea Sueca; Major General Mats Helgesson; e do Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos Augusto Amaral Oliveira.
O Comandante da Aeronáutica comentou sobre a importância do momento. “O F-39 Gripen representa, na FAB, um significativo salto tecnológico para a aviação de caça, bem como um exemplo exitoso de desenvolvimento colaborativo, baseado na transferência de tecnologia e fomento à Base Industrial de Defesa”, disse.
“A Força Aérea terá um novo vetor multimissão para o cumprimento de suas ações de Controlar, Defender e Integrar o território nacional. Sinto-me muito feliz por fazer parte deste marco histórico”, completou o Tenente-Brigadeiro Bermudez.
O Ministro da Defesa brasileiro também destacou a importância do compartilhamento de experiências advindo da cooperação entre Brasil e Suécia. “O Gripen aumenta a capacidade operacional da Força Aérea Brasileira e impulsiona uma parceria que fomenta a pesquisa e o desenvolvimento industrial dos dois países”, declarou Fernando Azevedo e Silva.
O projeto
As atividades conjuntas se iniciaram em 2014 com a assinatura do contrato para o desenvolvimento e produção de 36 aeronaves Gripen E/F para a Força Aérea Brasileira, incluindo sistemas embarcados, suporte e equipamentos. As plataformas são desenvolvidas e produzidas com a participação de técnicos e engenheiros brasileiros. Essa integração faz parte da transferência tecnológica e visa proporcionar o conhecimento necessário para a continuidade das atividades no Brasil. O avião brasileiro se baseia no design de versões anteriores, porém com as particularidades solicitadas pelo Comando da Aeronáutica (COMAER).
Atualmente, cinco países operam o Gripen: Suécia, África do Sul, República Tcheca, Hungria e Tailândia, e, em breve, o Brasil fará parte desse grupo.