As autoridades israelenses estão considerando realizar um ataque aéreo contra o Irã, especificamente contra suas instalações nucleares.
Sputnik
Apesar de o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, desejar contar com o apoio dos EUA, o ataque pode ocorrer mesmo em caso de recusa dos norte-americanos, segundo o jornal New York Times.
F-16 Fighting Falcon israelense © AP Photo / JACK GUEZ |
O jornal norte-americano não indicou a fonte desta informação, apesar de ter referido uma série de antigos e atuais funcionários americanos, israelenses e europeus ao longo do artigo.
Segundo o NYT, o ataque estava na mesa do gabinete de Israel durante a administração Barack Obama, que monitorou ativamente os preparativos de Tel Aviv para uma operação deste tipo.
Netanyahu confirmou os planos, afirmando que ele aprovaria "inequivocamente" um eventual ataque, mas não conseguiu obter o apoio da maioria dos integrantes de seu gabinete de segurança da época.
Além disso, o plano não obteve o apoio dos EUA, já que a administração Obama temia as possíveis consequências não apenas para Israel, como também para suas próprias forças na região.
Entretanto, um eventual ataque aéreo pode vir a ser apoiado pela administração Trump, mas isso não quer dizer que Washington participe da operação.
"Eu acredito que o mais provável é que Trump dê luz verde a Netanyahu para atacar o Irã, em vez de Trump atacar por conta própria. Mas isso, vocês sabem, é um grande risco", afirmou o antigo embaixador da administração Obama em Israel, Dan Shapiro.
A Força Aérea Israelense conduziu uma série de operações em agosto contra supostos grupos apoiados pelo Irã no Líbano, Iraque e Síria.
Durante a administração Obama, os EUA e Israel não chegaram a acordo sobre o Irã, com Washington disposto a resolver as preocupações relacionadas ao programa nuclear através da diplomacia, ao contrário de Tel Aviv, que preferia utilizar a força armada.
Aviao F-16D Fighting Falcon - HOBBYBOSS |