O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, prometeu dar início a uma "nova fase" de conflito com Israel, dizendo que se o país atacar as posições do grupo, todas as "fronteiras e forças israelenses estarão em risco".
Sputnik
Em um discurso televisionado na segunda-feira (2), o secretário-geral do movimento condenou as recentes incursões de drones israelenses no Líbano, ameaçando abater a próxima aeronave que violar o espaço aéreo do país.
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No que ele descreveu como uma "mensagem" clara a Israel, Nasrallah afirmou que a última escalada de tensões marcou o "início de uma nova fase" de um conflito de longa data com o Estado judaico, acrescentando que o Hezbollah "quebrou as linhas vermelhas", prometendo alvejar Israel se o movimento for atacado novamente.
O chefe da organização ainda declarou que "há um novo campo de batalha que está alvejando drones israelenses nos céus do Líbano", em uma referência aparente ao recente incidente no qual dois supostos veículos não tripulados israelenses caíram perto de Beirute.
Essa declaração surge um dia após as Forças de Defesa de Israel (IDF) e o Hezbollah terem trocado fogo, com o último lançando numerosos mísseis antitanque contra posições israelenses, enquanto Tel Aviv respondeu disparando mais de 100 mísseis contra o sul do Líbano.
Onda de tensões
A declaração do líder do Hezbollah, baseado no Líbano, surge em meio a uma nova onda de tensões com Israel que se intensificou no dia 25 de agosto depois que as autoridades libanesas afirmaram que drones israelenses tinham invadido seu espaço aéreo, colidindo perto do centro de imprensa do Hezbollah e ferindo três pessoas.
Nasrallah jurou que o Hezbollah "faria tudo para prevenir" ataques desse tipo no futuro, argumentando que o tempo em que Israel poderia bombardear o Líbano estava "acabado".
Em 2006, Israel e Hezbollah travaram uma guerra de 34 dias, quando as forças israelenses invadiram o Líbano depois que o grupo militante sequestrou dois soldados israelenses em um ataque transfronteiriço.
O confronto custou a vida de cerca de 1.300 pessoas e terminou em um cessar-fogo mediado pela ONU.