A coalizão militar liderada pela Arábia Saudita que luta contra o movimento houthi do Iêmen disse nesta segunda-feira que o ataque a instalações de petróleo da Arábia Saudita foi realizado com armas iranianas e não foi lançado do Iêmen, segundo as descobertas preliminares.
Stephen Kalin, em Riad, e Maher Chmaytelli, em Dubai | Reuters
RIAD - O porta-voz da coalizão, coronel Turki al-Malki, disse que uma investigação sobre os ataques de sábado, que foram reivindicados pelo grupo houthi, alinhado ao Irã, ainda estavam em andamento para determinar o local do lançamento.
Imagem de satélite mostra danos provocados a instalação de petróleo e gás da Aramco em Khurais 15/09/2019 Governo dos EUA/DigitalGlobe/Divulgação via REUTERS |
“Os resultados preliminares mostram que as armas são iranianas, e atualmente estamos trabalhando para determinar a localização... O ataque terrorista não se originou no Iêmen, como reivindicou a milícia houthi”, disse Malki em entrevista coletiva em Riad.
Segundo o coronel, as autoridades revelariam o local de onde os drones foram lançados em uma coletiva de imprensa futura.
O Irã rejeitou as acusações “inaceitáveis” dos Estados Unidos de que o país foi responsável pelo ataque às instalações de petróleo sauditas, que paralisaram quase metade da produção do reino, ou 5% do suprimento global de petróleo.
A aliança muçulmana sunita lideradas pelos sauditas, que tem o apoio do Ocidente, interveio no Iêmen em março de 2015 para tentar restaurar o governo reconhecido internacionalmente que foi expulso do poder na capital Sanaa no final de 2014 pelos houthis.
O movimento intensificou os ataques com drones e mísseis contra as cidades sauditas este ano. O conflito é visto em grande parte na região como uma guerra por procuração entre a Arábia Saudita e o Irã.