O chefe do Estado-Maior do Exército, general Walter Braga Netto, disse na noite desta quinta-feira (19) que não deverá faltar verbas para a instituição no próximo ano.
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“Tenho certeza que o governo vai se sensibilizar. O Exército está sendo empregado em todas as atividades que ocorrem no país atualmente, incluindo as queimadas. No ano que vem, nós vamos ter que distribuir urnas no interior da Amazônia, nos lugares remotos. O governo tem plena consciência disso e nós seremos atendidos. Cabe ao governo decidir”, disse Braga Netto.
Blindado brasileiro Guarani © Sputnik / Thiago de Araújo |
A declaração foi dada durante uma homenagem concedida ao general Braga Netto no Rio de Janeiro.
Em entrevista à Sputnik Brasil, Roberto Godoy, jornalista especializado em assuntos de Defesa, disse que é provável que a declaração de Braga Netto seja verdadeira.
"Ele é suficientemente bem informado para saber que, de fato, o dinheiro virá", disse.
Godoy estima que o valor concedido às Forças Armadas seja aproximadamente R$ 80 bilhões.
"O valor primário seria da ordem de R$ 78 bilhões, que seriam divididos de acordo com as proporções das demandas de cada um dos comandos: Marinha, Exército e Aeronáutica", projetou o jornalista.
Por ser maior em tamanho, o Exército seria aquele que receberia a maior parte dos recursos.
"O Exército tem a maior fatia porque é o maior de todos, você tem 300 mil homens e mulheres, você tem todo território nacional, você tem essa capilaridade que é insuficiente, mas é grande, do policiamento, do controle de fronteiras", explicou.
A verba liberada por Bolsonaro fazia parte de um orçamento que havia sido contingenciado, segundo Godoy.
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