Membros do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) acreditam que a Índia e o Paquistão deveriam evitar ações unilaterais na região disputada de Jammu e Caxemira, disse o embaixador da China na ONU nesta sexta-feira, depois de o conselho debater o tema pela primeira vez em décadas.
Por Michelle Nichols | Reuters
NAÇÕES UNIDAS - O conselho de 15 membros se reuniu a portas fechadas a pedido da China e do Paquistão depois que a Índia anulou a autonomia de décadas do território de maioria muçulmana de Jammu e Caxemira, garantida pela Constituição indiana. Pequim raramente solicita reuniões do Conselho de Segurança.
Membros do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) reunidos na sede da ONU em Nova York 28/02/2019 REUTERS/Lucas Jackson |
Embora o conselho não tenha acertado um comunicado, o embaixador chinês, Zhang Jun, resumiu as conversas descrevendo uma preocupação grave com a situação.
“Eles também estão preocupados com a situação dos direitos humanos lá, e também é a visão geral dos membros que as partes em questão deveriam evitar adotar qualquer ação unilateral que possa agravar mais a tensão lá, porque já está muito tenso e muito perigoso”, disse.
O embaixador indiano na ONU, Syed Akbaruddin, acusou Zhang de tentar fazer seus comentários passarem pela “vontade da comunidade internacional”, e disse que a decisão da Índia é uma questão interna.
“Se há problemas, eles serão discutidos, serão abordados por nossos tribunais; não precisamos de bisbilhoteiros internacionais tentando nos dizer como viver nossas vidas. Somos um povo de mais de um bilhão”, disse Akbaruddin aos repórteres.