O presidente russo, Vladimir Putin, se reuniu com o líder da França, Emmanuel Macron, nesta segunda-feira (19) durante visita oficial a Paris. Durante o encontro eles abordaram temas como a Síria, a segurança na Europa e a relação bilateral.
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Ao falar com repórteres, Putin declarou que a Rússia apóia os esforços das tropas do governo sírio para neutralizar os terroristas na província de Idlib, na Síria.
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"Houve várias tentativas para atacar nossa base aérea em Hmeymim diretamente da área de Idlib, então apoiamos os esforços do Exército Sírio para realizar operações locais para eliminar essas ameaças terroristas", disse Putin.
O presidente russo sublinhou que "antes da assinatura dos acordos sobre a desmilitarização de uma parte da área de Idlib em Sochi, 50% do território era controlado pelos terroristas e agora é 90%".
Além disso, ele indicou que as forças terroristas se transferem de Idlib para outras partes do mundo.
O presidente da França, por sua vez, expressou profunda preocupação com a situação em Idlib.
"Estamos profundamente preocupados com a situação em Idlib, onde a população civil vive sob bombardeios. Há vítimas entre a população civil e a França está muito preocupada com isso", disse Macron.
O presidente francês sublinhou a necessidade de "respeitar os acordos alcançados em Sochi".
Diálogo com a Rússia
Putin também agradeceu à França por sua posição sobre o retorno da Rússia ao Conselho da Europa.
"Somos gratos à França pela sua posição no Conselho da Europa, pelo retorno em grande escala da delegação russa. Penso que isso contribuirá para a construção de relações normais, plenas e de confiança no continente europeu, e espero que o apoio da França construa relações de trabalho com a União Europeia da mesma maneira", disse Putin a repórteres.
"A posição de Paris desempenhou um papel significativo no retorno da Rússia ao Conselho da Europa", completou Putin.
Ele acrescentou que Moscou está preocupada com a situação do Tratado de Proibição de Testes Nucleares e com a possível corrida armamentista no espaço.
O presidente francês, por sua vez, manifestou esperança de um diálogo aberto e franco com o presidente russo, sobre a situação em torno do fim do Tratado de Foças Nucleares de Alcance Intermediário (INF).
“Acredito que teremos sucesso em criar uma nova arquitetura de segurança entre a União Europeia e a Rússia. A França está pronta para desempenhar um papel nesse processo [...] Acho que poderemos trabalhar juntos na segurança do nosso continente", disse Macron.
"Acredito em uma Rússia europeia e na Europa soberana, isto é, uma Europa mais forte, que deve ganhar novas oportunidades através do diálogo com a Rússia", completou o presidente francês.