Em 4 de agosto a Índia realizou testes de seus mísseis terra-ar de última geração de reação rápida, segundo informou o Ministério da Defesa do país em um comunicado.
Sputnik
Os testes dos novíssimos mísseis foram realizados no polígono perto de Chandipur, no leste da Índia.
© AFP 2019 / HANDOUT / Gabinete de informação da imprensa da Índia |
Segundo o comunicado, dois projéteis lançados conseguiram atingir os dois alvos que estavam em altitudes e distância diferentes. "Os sistemas foram testados em sua configuração final com um radar instalado no veículo e mísseis no lançador", informou o Ministério.
Foi divulgado um vídeo e várias fotos feitos durante os testes das armas. O vídeo foi publicado pelo Ministério da Defesa no seu Twitter.
O ministro Rajnath Singh parabenizou a Organização de Pesquisa e Desenvolvimento de Defesa da Índia e as indústrias respetivas por terem alcançado "um marco significativo".
Tensões com Paquistão
Estas declarações aparecem em meio à intensificação das tensões com o Paquistão. Neste sábado, o Exército indiano informou ter frustrado com sucesso uma operação de infiltração de uma equipe de ação de fronteira (BAT) do Exército paquistanês. "Cinco ou sete terroristas ou comandos do Grupo de Serviços Especiais do Exército do Paquistão morreram na operação falhada da BAT, que foi iniciada da noite de 31 de julho", disse um oficial militar.
A Índia afirmou que o incidente ocorreu quando os paquistaneses tentaram entrar em um posto militar na região disputada de Caxemira.
Neste mesmo sábado, Islamabad acusou Nova Deli de usar bombas de fragmentação contra civis paquistaneses, afirmando que tais munições proibidas mataram dois civis e feriram mais 11.
A Índia negou as acusações e, por sua vez, declarou ter provas de planos terroristas, supostamente apoiados pelo Exército do Paquistão, cujo objetivo seria interromper uma importante peregrinação hindu na área disputada que começou em 1 de julho.
Esta situação fez com que as autoridades indianas decidissem enviar mais de 25.000 soldados para a fronteira paquistanesa em 2 de agosto, enquanto na semana passada pelo menos 10 mil militares já tinham sido enviados para aquela área, que é uma das mais militarizadas do mundo.