A China tomará contramedidas caso os EUA prossigam com o plano de instalação de mísseis de médio alcance na Ásia.
Sputnik
A informação foi transmitida pelo diretor-geral do Departamento de Controle de Armas do Ministério do Exterior, Fu Cong, em Pequim.
Míssil balístico intercontitental Minuteman III é visto na base aérea de Minot, nos EUA (foto de arquivo) © AP PHOTO / CHARLIE RIEDEL |
"A China não ficará de braços cruzados e será forçada a tomar contramedidas caso os EUA implantem mísseis terrestres de médio alcance nesta região. Também pedimos aos nossos vizinhos para que tenham prudência e não permitam que os EUA implantem seus mísseis de médio alcance no [seu] território", afirmou Fu Cong, em referência à Austrália, ao Japão e à Coreia do Sul.
O secretário de Defesa norte-americano, Mark Esper, afirmou ser a favor de implantar mísseis terrestres de médio alcance na Ásia em breve, possivelmente daqui a alguns meses.
Já a ministra da Defesa australiana afirmou que o país não tenciona ceder bases para a implantação de mísseis norte-americanos.
Fu Cong também adicionou que a China não tem intenção de integrar um acordo trilateral de controle de armas com os EUA e a Rússia, mas que permaneceria envolvida nas discussões sobre o desarmamento, conforme a agência de notícia AP.
No dia 2 de agosto passado, os EUA anunciaram a sua saída do Tratado INF, que havia sido assinado pelo então presidente norte-americano, Ronald Reagan, e pelo secretário-geral soviético, Mikhail Gorbachev, em 1987, que estabelecia a eliminação permanente pelos dois países dos seus mísseis balísticos terrestres com alcance entre 500 e 5.500 quilômetros.