O caça do grupo sueco Saab construído para a Força Aérea Brasileira realizou seu primeiro voo nesta segunda-feira (26).
Sputnik
A primeira unidade do caça supersônico Gripen E/BR das 36 adquiridas pela FAB fez seu primeiro voo na cidade de Liköping, onde voou por aproximadamente 65 minutos.
A primeira unidade do caça supersônico Gripen E/BR das 36 adquiridas pela FAB fez seu primeiro voo na cidade de Liköping, onde voou por aproximadamente 65 minutos.
Gripen E © Foto: Saab AB |
Durante o voo, a aeronave passou por testes preliminares de manobrabilidade e qualidade de desempenho aéreo.
A aeronave, pintada de cinza, com variações digitalizadas e a inscrição "Força Aérea Brasileira" na seção dianteira, foi pilotada pelo chefe do programa de ensaios da Saab, Richard Ljungberg.
Além disso, o Gripen, que receberá a designação F-39 na aviação militar nacional, possuía a bandeira do Brasil em sua cauda, além do registro 39-6001 e a matrícula 4.100, da FAB, segundo o jornal Estadão.
"O voo foi tranquilo e confirmou o que era esperado a partir das simulações de engenharia", afirmou o comandante Ljungberg.
A unidade testada possui um painel na cabine com uma grande tela panorâmica, conhecida como Wide Area Display que oferece informações simultâneas, além de apresentar sistema de comando de voo modificado, bem como novo hardware e software.
O governo brasileiro investiu US$ 4,7 bilhões na compra das 36 unidades da aeronave.
A primeira aeronave deverá ser recebida pelo 1° Grupo de Defesa Aérea, da base de Anápolis (GO), em 2021. Enquanto a última aeronave deverá ser entregue em 2024. A partir de 2020, os pilotos brasileiros deverão participar de treinamentos na Suécia.
O Gripen E tem um alcance de combate com carga máxima de aproximadamente 1.000 quilômetros, além de ser capaz de atingir velocidades de até 2.460 km/h.
Futuro do caça Gripen E/Br
Há a possibilidade de que o jato sueco seja a última aeronave de tecnologia avançada adquirida no exterior para suprir a Força Aérea do Brasil.
Isso porque o Brasil poderá disputar o mercado, que na próxima década será dominado pelos EUA, Rússia, China, Suécia e Índia, além de países como a Coreia do Sul, Japão e Turquia, o que pode viabilizar a participação do Brasil na produção de aeronaves de alto desempenho em dez anos, através do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e o complexo industrial Embraer.
Os acordos bilaterais de cooperação preveem a possibilidade de empresas nacionais participarem da cadeia de suprimentos do Gripen E/Br.
A versão de dois lugares poderá ser utilizada tanto para treinamento de pilotos quanto para ataques especializados.
A FAB passará a ter oito aeronaves biposto, sendo que sete delas serão construídas pela Embraer na fábrica de Gavião Peixoto, no interior de São Paulo.