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20 agosto 2019

Bolsonaro diz que governo pretende considerar oficialmente o Hezbollah como grupo terrorista

De acordo com o presidente, grupo árabe tem atuação na tríplice fronteira. Bolsonaro ainda comparou o Hezbollah ao MST, que respondeu que o presidente não conhece a realidade no campo.


Por Guilherme Mazui | G1 — Brasília

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (20) que o governo pretende considerar oficialmente o Hezbollah como um grupo terrorista.

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Bolsonaro disse que governo pretende classificar oficialmente o Hezbollah como terrorista

Em árabe, Hezbollah significa "partido de Alá". O grupo, de orientação xiita e sediado no Líbano, tem atuação política e militar em questões que envolvem o Oriente Médio.

Bolsonaro foi questionado por jornalistas, na porta da residência oficial do Palácio da Alvorada, se pretendia classificar o Hezbollah como terrorista, assim como fez o governo dos Estados Unidos. Nesta segunda (19), o Paraguai tomou a mesma atitude.

"Posso, sim [reconhecer o grupo como terrorista]. Pretendo fazer isso aí. E são terroristas", disse o presidente.

De acordo com Bolsonaro, o governo tem informações de atuação do grupo na região da tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina.

"Temos informes que têm pessoas deles por aqui também, tríplice fronteira, grupo do crime organizado no Brasil. Eles são unidos. Podem não ser muito organizados, mas são unidos", completou.

MST

Bolsonaro ainda comparou o Hezbollah ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) no Brasil, que, para ele, também é um grupo terrorista.

"São grupos terroristas, como o MST, para mim, também é grupo terrorista. Os caras levam o terror no campo aqui. Queimam propriedades. Desestimula o homem do campo a produzir. É no Brasil todo, essa praga do MST", completou Bolsonaro.

Procurado pelo G1, o MST divulgou uma nota em que comenta a declaração de Bolsonaro (leia a íntegra ao final desta reportagem).

Para a entidade, o presidente não conhece a realidade no campo. O MST disse ainda terrorismo é "cortar verbas da ciência e da educação", em referência ao contingenciamento de gastos do governo (veja a íntegra da nota ao final desta reportagem).

"Bolsonaro não conhece a realidade no campo. Se conhecesse, saberia que no quesito violência no campo, são os trabalhadores e as trabalhadoras as mais vitimadas", afirmou um trecho da nota, assinada por Alexandre Conceição, da direção nacional do MST.

"Bolsonaro é um erro histórico. Deveria saber que terrorismo é cortar as verbas da ciência e da educação brasileira. Terrorismo é não dar respostas concretas sobre a execução de Marielle Franco. Terrorismo é deixar milhares de brasileiros sem direito à aposentadoria", concluiu o texto do MST.

O que é o Hezbollah?


O Hezbollah – do árabe “Partido de Deus” – é uma facção sediada no Líbano formada por militantes radicais da minoria xiita no país. Apoiado pelo Irã, o grupo nasceu na década de 1980 para enfrentar tropas de Israel que ocupavam o território libanês.

Nas décadas de 1990 e 2000, o grupo se fortaleceu fora das ofensivas armadas e intensificou a participação na política libanesa. O braço político do Hezbollah vem conquistando cadeiras no Parlamento do Líbano – chegando, inclusive, a fazer parte do governo.

Países que classificam como terrorista


Vários países consideram o Hezbollah – ou o braço armado da organização – como um grupo terrorista. Veja abaixo a lista:
  • Argentina
  • Austrália
  • Bahrein
  • Canadá
  • Emirados Árabes Unidos
  • Estados Unidos
  • Israel
  • Japão
  • Nova Zelândia
  • Paraguai
  • Reino Unido
  • União Europeia
  • Liga Árabe
Quem apoia o Hezbollah?

A facção recebe apoio do Irã – o regime iraniano, inclusive, tem laços ideológicos e militares com o Hezbollah – além da Síria.

Países como Rússia e China não chegam a apoiar explicitamente o grupo, mas o consideram uma entidade política legítima libanesa e mantêm conversas com a organização.

Nota do MST

Veja a íntegra da nota divulgada pelo MST após a declaração do presidente Jair Bolsonaro, que classificou o movimento como terrorista:

Bolsonaro não conhece a realidade no campo. Se conhecesse, saberia que, no quesito violência no campo, são os trabalhadores e as trabalhadoras as mais vitimadas. Os dados da CPT mostram um histórico de assassinato de trabalhadores rurais em decorrência de conflitos por terra. Se Bolsonaro tivesse alguma ciência sobre o Brasil rural, saberia que são as ocupações de terra improdutiva as verdadeiras promotoras da reforma agrária, afinal o Estado jamais fiscalizou seu território para saber em quais áreas se cumpre a função social, medida que é constitucional. Se Bolsonaro tivesse a menor preocupação com o Brasil, saberia que é da agricultura familiar e da reforma agrária que vem mais de 70% da produção de alimentos no Brasil. Vem do MST a maior produção brasileira de arroz orgânico. Vem do MST o incentivo a centenas de agroindústrias de produção leiteira, hortifrutis, que gera emprego a centenas de famílias campo. Vem do MST o trabalho de combate ao analfabetismo no campo, com a alfabetização de mais de 150 mil famílias ao longo desses 35 anos. Bolsonaro é um erro histórico. Deveria saber que terrorismo é cortar as verbas da ciência e da educação brasileira. Terrorismo é não dar respostas concretas sobre a execução de Marielle Franco. Terrorismo é deixar milhares de brasileiros sem direito à aposentadoria.

Alexandre Conceição, da direção nacional do MST

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