Os EUA autorizaram Israel a atacar forças apoiadas pelo Irã no Iraque um dia depois que os líderes do Pentágono se distanciaram das operações, reportou mídia, citando fontes na Administração Trump.
Sputnik
"É nossa posição que se vizinhos de Israel permitem que um terceiro país maligno, que não compartilha uma fronteira com Israel, utilize o seu território soberano como terreno de posicionamento de armas perigosas cada vez mais sofisticadas, cujo único objetivo é atacar Israel, penso que esses governos, se não conseguem conter ou controlar esses elementos, terão de estar preparados para serem responsáveis por eles", disse um funcionário anônimo da administração Trump, citado pelo Washington Examiner.
Bandeira dos EUA tremulando na fronteira entre Iraque e Síria, em Feeshkhabour (arquivo) © AP PHOTO / KHALID MOHAMMED |
"Seja o Líbano, a Síria ou o Iraque – eu acho que esta tem que ser a nossa mensagem muito clara a esses governos", acrescentou o responsável oficial, presumivelmente em referência à recente sequência de ataques israelenses suspeitos ou confirmados nesses países.
Esse é o sinal mais explícito de apoio da administração Trump às operações israelitas contra as milícias xiitas apoiadas pelo Irã no Iraque e contra o Hezbollah no Líbano, escreve a mídia.
"É a nossa posição que Israel só está agindo por causa da ação do Irã", observou a fonte, esclarecendo o que quis dizer com a referência a um "terceiro país maligno".
A declaração anônima se seguiu a comentários anteriores de funcionários americanos que Israel de fato realizou "vários ataques" recentemente no Iraque, com uma das fontes preocupada que Tel Aviv estava "empurrando os limites" da paciência iraquiana. Essa provocação, advertiu a fonte, pode fazer com que Bagdá exija que os cerca de 5.000 soldados americanos ainda posicionados no Iraque deixem o país.
Durante esta semana, Israel teria realizado um ataque com drones contra depósitos de armas da milícia xiita iraquiana Unidades de Mobilização Popular (PMU) no Iraque. Além disso, drones israelenses entraram no espaço aéreo do Líbano e um deles causou danos a um centro midiático do Hezbollah no sul da capital, Beirute.
Iraque responsabiliza Israel pelos ataques
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu quebrou o silêncio de Tel Aviv sobre a série de ataques, não confirmando diretamente o envolvimento israelense, mas sugerindo que seus militares teriam recebido "liberdade de ação" sempre que seja necessário enfrentar a "ameaça iraniana".
Enquanto as autoridades israelenses ainda não confirmaram diretamente que Israel realizou ataques contra o Iraque, os legisladores iraquianos afirmaram que Tel Aviv foi "absolutamente" responsável por uma série de ataques contra a milícia xiita, acrescentando que Bagdá está se preparando para apresentar suas evidências ao Conselho de Segurança da ONU.
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