Navio norte-americano passa pelo estreito de Taiwan enquanto autoridades da ilha autorizam os EUA a navegar pelo estreito. Um dia antes, Pequim alertou sobre possíveis consequências em caso de interferência estrangeira no seu relacionamento com Taiwan.
Sputnik
De acordo com o Ministério da Defesa de Taiwan, o cruzador USS Antietam navegou através do estreito, em direção ao norte. O órgão também afirmou que uma força-tarefa conjunta de inteligência, vigilância e reconhecimento de seu país monitorava a região e não identificou nenhum movimento incomum, informou a agência AP.
USS Antietam | CC BY 2.0 / Marinha dos EUA |
O porta-voz da 7ª frota da Marinha dos EUA, comandante Clay Doss, disse que o cruzador de mísseis USS Antietam fez um trânsito de rotina, entre quarta e quinta-feira, de acordo com as leis internacionais de navegação. Para Doss, o "trânsito do navio demonstra o compromisso norte-americano com a livre navegação nos oceanos Índico e Pacífico", enquanto a Marinha dos Estados Unidos "continuará a navegar, voar e operar em qualquer lugar onde as leis internacionais permitirem".
Na quarta-feira, o governo chinês advertiu que poderia recorrer à força contra qualquer um que interfira nos seus esforços de se reunificar com Taiwan. Para o Partido Comunista da China, Taiwan é parte do país, embora a ilha democraticamente governada tenha se separado do continente em meio à guerra civil em 1949.
"Se alguém ousar separar Taiwan da China, o Exército chinês certamente lutará em defesa da unidade soberana e integridade territorial do país", disse Wu Qian, porta-voz do Ministério da Defesa da China.
Embora os Estados Unidos não possuam relações diplomáticas oficiais com Taiwan, o país tem vendido armamentos para a ilha, com base em leis que estabelecem a entrega de equipamentos e serviços para a autodefesa do país.