O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concordaram em levar adiante o diálogo para um novo avanço na desnuclearização da península coreana durante encontro no domingo, informou a mídia estatal norte-coreana nesta segunda-feira.
Por Joyce Lee | Reuters
SEUL (Reuters) - Trump se tornou o primeiro presidente dos EUA no exercício do cargo a pisar na Coreia do Norte no domingo, quando se encontrou com Kim na Zona Desmilitarizada (DMZ) entre as duas Coreias e concordou em retomar as conversas nucleares atualmente travadas.
Presidente dos EUA, Donald Trump, e líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, na zona desmilitarizada na fronteira entre as Coreias 30/06/2019 KCNA via REUTERS |
“Os principais líderes dos dois países concordaram em se manter em contato próximo no futuro, também, e retomar e levar adiante diálogos produtivos para obter um novo avanço na desnuclearização da península coreana e nas relações bilaterais”, relatou a agência de notícias KCNA.
A reunião, ocorrido após um tuíte de Trump que Kim disse tê-lo pegado de surpresa, mostrou o entrosamento entre os dois, mas analistas disseram que eles não estão mais próximos de diminuir as diferenças de suas posições desde que abandonaram uma cúpula no Vietnã em fevereiro.
Pouco antes de partir da Coreia do Sul, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse a repórteres que uma nova rodada de conversas provavelmente acontecerá “em algum momento de julho” e que os negociadores norte-coreanos serão diplomatas do Ministério das Relações Exteriores.
Em uma foto divulgada pela KCNA nesta segunda-feira, o chanceler norte-coreano, Ri Yong Ho, e Pompeo são vistos sentados perto de Kim e Trump, respectivamente, na Casa da Liberdade, o edifício no qual os dois líderes tiveram suas conversas pessoais.
A KCNA disse que, durante a conversa, Trump e Kim explicaram “questões sobre o apaziguamento das tensões na península coreana”, “questões de interesse e preocupação mútuos que se tornam uma pedra de tropeço na solução destas questões” e “expressaram compreensão e solidariedade plenas”.
Kim disse que foi o bom relacionamento pessoal com Trump que possibilitou uma reunião tão dramática com um dia de antecedência, e que o relacionamento com Trump continuará produzindo bons resultados, segundo a KCNA.
A “decisão ousada e corajosa” dos dois líderes, que levou ao encontro histórico, “criou uma confiança inédita entre os dois países”, que sofriam com uma animosidade profundamente enraizada, disse a agência.
Por Jack Kim e Joyce Lee; Reportagem adicional de Michelle Nichols, na ONU, e Ben Blanchard, em Pequim
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