Autoridades da Argentina determinaram o congelamento de bens do Hezbollah no país nesta quinta-feira, e designaram o grupo islâmico libanês, ao qual atribui dois ataques em seu território, como uma organização terrorista.
Por Cassandra Garrison e Nicolas Misculin | Reuters
BUENOS AIRES - O anúncio veio no 25º aniversário do ataque a bomba contra um centro comunitário judeu em Buenos Aires que matou 85 pessoas. A Argentina culpa o Irã e o Hezbollah pelo atentado – ambos negam qualquer responsabilidade. O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, está no país para lembrar a ocasião.
Fachada da Casa Rosada, em Buenos Aires 13/05/2019 REUTERS/Agustin Marcarian |
A Argentina também culpa o Hezbollah por um ataque contra a embaixada de Israel em Buenos Aires em 1992 que deixou 29 mortos.
A unidade de informações financeiras da Argentina ordenou o congelamento de bens de membros do Hezbollah e da organização um dia depois de elaborar uma nova lista de pessoas e entidades ligadas ao terrorismo.
O congelamento de bens coloca o Hezbollah automaticamente no registro argentino, designando-o como uma organização terrorista, confirmou uma fonte do governo com conhecimento direto da ação.
Autoridades dos Estados Unidos e da Argentina dizem que o Hezbollah opera na chamada Tríplice Fronteira entre Argentina, Brasil e Paraguai, onde uma economia ilícita financia suas operações em outras partes.
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