Durante a Guerra Fria, quando a península da Crimeia fazia parte da União Soviética, as autoridades desenvolveram o sistema de defesa antinavio chamado Objeto 100, ou Utyos (Falésia), que disparava misseis considerados como verdadeiros assassinos de navios, diz o jornalista Michael Peck.
Sputnik
"Como irão responder os EUA e a OTAN?", pergunta o autor no seu artigo no The National Interest.
4K44 Utyos | Reprodução |
Desenvolvidos para sobreviver uma explosão nuclear, os sistemas Utyos não conseguiram resistir às consequências políticas ocorridas após o desmoronamento da União Soviética.
Quando a URSS deixou de existir, estes sistemas acabaram por se degradar no território da Ucrânia. A restauração começou apenas depois de a península da Crimeia ter se reunificado com a Rússia.
Um jornalista da agência Reuters, que visitou a Crimeia em 2016, assegurou ter visto 18 instalações militares renovadas, entre elas bases navais, estações de radar, aeródromos e bunkers para sistemas Utyos.
O diretor executivo da Associação de Investigação e Produção de Construção de Maquinaria, Aleksandr Leonov, disse que a renovação dos sistemas foi "um trabalho difícil", embora a empresa tenha cumprido a tarefa que lhe foi atribuída "a tempo e com êxito".
Peck salienta que a Rússia, e anteriormente a União Soviética, tem usado durante muito tempo mísseis baseados em terra para defender a sua costa.
Para um país com a enorme linha costeira que se estende pelo território de dois continentes, a defesa do litoral é uma solução mais barata que a construção de uma enorme armada.
"O reforço da defesa costeira da Crimeia acalma as preocupações da Rússia sobre uma possível invasão anfíbia que os países do Ocidente poderiam lançar a partir do mar Negro e destaca a determinação de Moscou para defender a Crimeia como parte do seu território", disse Michael Peck.
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