O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, reviu as perspectivas do esperado plano de paz para o Oriente Médio da administração Trump, alegando que alguém "pode argumentar" que o plano é "inexequível", mas expressou esperança de que não seria descartado de imediato.
Sputnik
Segundo The Washington Post, Pompeo confirmou durante a reunião com líderes israelenses que o plano poderia ser rejeitado.
Mike Pompeo © REUTERS / Carlos Barria |
"[O acordo] pode ser rejeitado. Pode ser que, no final, as pessoas digam: 'Não é particularmente original, não funciona particularmente para mim', ou seja, 'tem duas coisas boas e nove ruins, estou fora'", ressaltou.
Previamente, Pompeo afirmou, durante a reunião com um grupo que trata das preocupações da comunidade judaica, que a apresentação do plano tem sido repetidamente adiada, levando mais tempo do que o esperado.
O chefe do Departamento de Estado disse, em referência ao conflito congelado entre Israel e a Palestina, que "não há garantias de que seremos nós a desbloquear isso", acrescentando que espera que "todos se envolvam de forma séria", além de revelar que a administração nunca acreditou que seria fácil alcançar um acordo de paz duradouro na região.
Pompeo reconheceu a noção popular de que o acordo será unilateral, em favor do governo israelense, declarando que entende "por que as pessoas pensam que este será um acordo que só os israelenses poderiam gostar". Ele também indicou que o Departamento de Estado tinha pensado bastante no que faria se o plano "não ganhasse força".
"Não quero chamar isso de fracasso […] Chame de qualquer coisa. Eu falho muito, então não se trata de não usar uma palavra como essa", afirmou.
Se Israel avançasse com a anexação, a administração então consideraria "quais seriam as melhores maneiras de alcançar os resultados" que os americanos acreditam ser os melhores interesses dos EUA e de Israel, destacou.
O presidente dos EUA Donald Trump anunciou seu plano para resolver o conflito de décadas ao elaborar o chamado "acordo do século". No entanto, as ações mais recentes tomadas por Washington têm tido todas as oposição dos palestinos, incluindo o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, e várias outras.
Por sua vez, a Palestina tem repetidamente expressado a opinião de que o plano da Casa Branca é inevitavelmente tendencioso e contra os palestinos.
O líder palestino Mahmoud Abbas rejeitou tanto o citado acordo quanto a próxima cúpula econômica da administração Trump para os palestinos no Bahrein, observando que as autoridades palestinas boicotarão a cúpula, onde o plano deve ser lançado.
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