Como parte dos seus planos para reduzir a dependência dos fornecimentos chineses de minerais estratégicos, o Pentágono iniciou conversações com várias mineradoras de terras raras em todo o mundo, informa a mídia.
Sputnik
"Estamos à procura de qualquer fonte de suprimentos fora da China. Queremos diversidade. Não queremos um produtor de uma única fonte", disse à Reuters o engenheiro de materiais Jason Nie, da Agência de Logística de Defesa do Pentágono (DLA).
Mina de terras raras na Mongólia © REUTERS |
A preocupação surgiu em meio a relatos de que as autoridades chinesas poderiam restringir as vendas de terras raras para os EUA em retaliação pelo aumento das tarifas americanas sobre mercadorias da China.
Previamente, um relatório de 50 páginas foi revelado pelo Departamento de Comércio dos EUA delineando uma série de medidas para reduzir "vulnerabilidades estratégicas" causadas por sua dependência de importações, incluindo terras raras.
Na terça-feira (4), o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, disse que "estes minerais críticos são muitas vezes ignorados, mas a vida moderna sem eles seria impossível".
"Através das recomendações detalhadas neste relatório, o governo federal tomará medidas sem precedentes para garantir que os Estados Unidos não serão privados desses materiais vitais", complementou.
Atualmente, Pequim representa cerca de 80% das importações estadunidenses de terras raras, essenciais para a produção de armas de ponta e produtos de alta tecnologia, segundo dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos.
Embora a China ainda não tenha confirmado ou negado seus planos para restringir as exportações de terras raras para os EUA, vários meios de comunicação locais sugeriram que Pequim poderia responder às tarifas dos EUA usando os minerais estratégicos como trunfo.
As declarações surgem em meio à escalada da guerra comercial entre a China e EUA, com Washington revelando uma lista de produtos chineses adicionais no valor de US$ 300 bilhões (R$ 1,1 trilhão) que serão expostos a um aumento de 25% das taxas, enquanto Pequim advertiu que retaliará contra produtos americanos no valor de US$ 60 bilhões (R$ 233 bilhões).
Desde 2018, ambos os lados estão envolvidos em uma disputa comercial iniciada após o anúncio do presidente americano Donald Trump sobre a imposição de tarifas de 25% sobre produtos chineses.
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