A Força Aérea dos EUA acaba de enviar aviões furtivos F-22 para a base aérea no Qatar a fim de "defender as forças e os interesses da América" na região, já que as tensões com o Irã continuam se intensificando.
Sputnik
O Comando Central da Força Aérea dos EUA confirmou o posicionamento de aviões a jato na base aérea quatarense de Al Udeid nesta sexta-feira (28) e publicou fotos de alguns aviões chegando à base no deserto.
Os F-22 foram enviados ao Qatar pela primeira vez para defender as forças e interesses americanos na área de responsabilidade da CENTCOM | Reprodução Twitter US AFCENT |
A implantação das aeronaves foi realizada após o presidente dos EUA Donald Trump ter ameaçado o Irã com uma "força esmagadora" e "aniquilação" em consequência da derrubada do drone militar norte-americano por militares iranianos na semana passada.
A administração Trump também impôs sanções ao líder supremo iraniano Ali Khamenei, algo que, para Teerã, fechou a possibilidade de negociações. O presidente do país Hassan Rouhani se recusou a negociar com o governo de Trump, dizendo que a Casa Branca é "mentalmente retardada".
Aumento da presença dos EUA na região
Apesar do forte aumento da retórica beligerante, segundo informou a agência AP, os F-22 foram solicitados pelo Comando Central - o comando militar dos EUA responsável pelo Oriente Médio - em maio, informou a AP. Como as autoridades dos EUA advertiram sobre uma ameaça não especificada, mas "credível", do Irã, a administração Trump enviou um porta-aviões e bombardeiros para a região em maio, ao que se seguiu o envio de mais 1.000 militares no início de junho.
Embora a situação no Golfo continue sendo preocupante, o Irã e os signatários europeus do acordo nuclear do Irã, abandonado pelos EUA no ano passado, alcançaram um grande avanço na sexta-feira, quando foi anunciado que o canal comercial especial (que permitirá às empresas europeias contornar as sanções americanas) já está operacional.
Enquanto isso, os EUA prometeram intensificar a sua dura política econômica contra a República Islâmica, ameaçando sancionar qualquer país que importe petróleo iraniano.
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