Mais cedo, o Pentágono divulgou imagens que, segundo o governo norte-americano, provam a participação do Irã no incidente com petroleiros no Golfo de Omã.
Por G1
Os Estados Unidos vão enviar cerca de 1 mil militares adicionais ao Oriente Médio, informou o Pentágono nesta segunda-feira (17). O anúncio veio em meio ao acirramento da crise entre os EUA e o Irã.
Montagem com fotos dos presidentes dos EUA, Donald Trump, e do Irã, Hassan Rouhani — Foto: AP Photo |
Em comunicado, o secretário interino de Defesa norte-americano, Patrick Shanahan, disse que o novo contingente vai ao local por "motivos defensivos".
"Os recentes ataques iranianos comprovam as informações confiáveis e credíveis que recebemos sobre o comportamento hostil das forças iranianas e de grupos associados que ameaçam funcionários norte-americanos e interesses na região", disse.
Mais cedo, o governo norte-americano divulgou imagens que seriam de soldados do Irã removendo uma mina que não explodiu no Kokuka Corageous, um dos petroleiros danificados no Golfo de Omã na quinta-feira passada.
O governo dos Estados Unidos diz que as imagens, feitas a partir de um helicóptero militar norte-americano, provam que o Irã atacou as duas embarcações. O regime iraniano vem negando a acusação.
O novo contingente vai se somar aos outros 1,5 mil militares deslocados ao Oriente Médio em maio, quando a tensão entre EUA e Irã tomou maiores proporções.
Aumento na tensão no Oriente Médio
Na manhã desta segunda-feira, o Irã anunciou o aumento no estoque de urânio enriquecido para além do que havia sido firmado no acordo nuclear de 2015. Dessa forma, país não vai mais estabelecer um limite para o volume do material que produz.
O porta-voz da organização de energia atômica do Irã, Behrouz Kamalvandi, disse que em dez dias, na data de 27 de junho, a quantidade de urânio enriquecido vai ultrapassar 300 quilos, que era a quantidade máxima que, pelo acordo, eles poderiam ter.
Os recentes movimentos formam mais um capítulo da crise intensificada em maio, quando o governo do Irã anunciou a retomada de parte das atividades nucleares que estavam suspensas pelo acordo firmado em 2015 com os EUA e outros países do Ocidente.
O presidente Donald Trump retirou os EUA desse acordo em 2018, e, desde então, passou a impor sanções econômicas ao Irã. Apesar da saída norte-americana, Alemanha, França, Reino Unido, Rússia e China permanecem no tratado.
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