O presidente persa, Hassan Rouhani, reuniu-se nesta sexta-feira (14) com líderes da Rússia, China e Índia no Quirguistão. Os americanos atribuem ao Irã a responsabilidade por danos em navios petroleiros no Golfo de Omã.
Por G1
O presidente do Irã, Hassan Rouhani, afirmou nesta sexta-feira (14) que as ações dos Estados Unidos ameaçam a estabilidade do Oriente Médio. A declaração foi feita durante um encontro em Bishkek, capital do Quirguistão, com líderes da Índia, China e Rússia — incluindo o presidente russo, Vladimir Putin.
O presidente iraniano, Hassan Rouhani, em encontro com líderes mundiais nesta sexta-feira (14) em Bishkek, no Quirguistão. — Foto: Vyacheslav Oseledko / AFP |
Os americanos acusam o Irã de ser responsável pelos danos causados a dois navios petroleiros no Golfo de Omã nesta quinta-feira (13).
O país persa nega qualquer conexão com o ocorrido. Nesta sexta-feira (14), o ministro de Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, acusou os Estados Unidos de "sabotarem a diplomacia" e encobrirem o "terrorismo econômico" contra o país.
Rouhani não mencionou os incidentes com os navios, mas concentrou suas críticas no fato de o presidente americano, Donald Trump, ter saído do acordo nuclear feito entre as potências mundiais com o Irã em 2015.
Ele disse que o Irã continuou a honrar o acordo. "O Irã pede aos demais participantes do acordo nuclear que cumpram imediatamente seus compromissos", disse Rouhani durante a reunião na capital quirguiz.
Navios danificados
Na quinta-feira (13), duas companhias marítimas, uma japonesa e uma norueguesa, relataram incidentes com dois navios petroleiros que foram danificados no Golfo de Omã. Os 44 tripulantes das duas embarcações foram resgatados.
O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, sem apresentar evidências concretas, acusou o Irã de ser "responsável" pelo ocorrido.
"A avaliação dos Estados Unidos é que a República Islâmica do Irã é responsável pelos ataques", disse Pompeo a jornalistas.
Algumas horas depois do incidente, o Pentágono divulgou um vídeo que mostra, supostamente, a Guarda Revolucionária do Irã aproximando-se de um dos navios e retirando uma mina que não teria explodido.
Ainda não há confirmação sobre as causas do ocorrido.