Se liberar, de acordo com a decisão do Tribunal Internacional do Direito do Mar (ITLOS), os marinheiros ucranianos detidos em novembro passado no estreito de Kerch por violar a fronteira, a Rússia pode dar um passo para desbloquear o diálogo com Kiev, declarou neste sábado o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky.
Sputnik
"O cumprimento por parte da Federação Russa da ordem do tribunal internacional da ONU para libertar os marinheiros e os navios ucranianos capturados podem tornar-se um primeiro sinal de que o governo russo está realmente preparado para acabar com o conflito com a Ucrânia. Desta forma, a Rússia pode dar um passo no sentido de desbloquear as negociações", escreveu o presidente ucraniano em sua conta no Facebook.
© Sputnik / Assessoria de imprensa do Departamento de Fronteiras do Serviço Federal de Segurança da Rússia na Crimeia |
Neste sábado, o Tribunal Internacional do Direito do Mar (ITLOS) ordenou que a Rússia libere os três navios ucranianos e suas tripulações, detidos no estreito de Kerch em 25 de novembro. No entanto, o tribunal das Nações Unidas não considerou necessário exigir que a Rússia suspenda o processo criminal contra os 24 ucranianos detidos.
"Vamos ver que caminho o Kremlin escolhe", disse Zelensky, acrescentando que a Ucrânia está esperando há muito tempo que seus militares voltem para casa.
A Rússia, que não participou das audiências do tribunal, sustenta que o organismo não tem jurisdição para examinar o caso ou realizar uma arbitragem entre Moscou e Kiev.
Em 25 de novembro de 2018, três navios da Marinha ucraniana violaram a fronteira russa ao entrar em uma área provisoriamente fechada do mar Negro, avançando em direção ao estreito de Kerch, que liga os mares Negro e Azov e separa a península da Crimeia do resto do território russo.
Os navios ucranianos realizaram manobras perigosas e ignoraram à demanda para parar, então eles foram detidos com 24 membros da tripulação, que estão atualmente sendo processados em uma ação criminal pela passagem fronteiriça ilegal.
Moscou chamou o episódio de provocação ucraniana e afirmou que Kiev violou as regras fundamentais do direito internacional, enquanto os oficiais russos agiram de acordo com a lei.
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