O comandante do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, general Joseph Dunford, afirmou durante uma audiência no Congresso que Washington precisa manter a presença de suas forças no Afeganistão até que a insurgência seja erradicada do país.
Sputnik
"Acho que precisaremos manter uma presença antiterrorista enquanto a insurgência continuar no Afeganistão", disse ele.
© Foto : Sgt. Lucas Hopkins (US Marine Corps handout) |
A declaração vem logo após um ataque de militantes do Talibã a um escritório da organização de ajuda da ONG Contraparte Internacional em Cabul, no Afeganistão. O bombardeio e o subsequente ataque custaram a vida de quatro pessoas e deixaram outros 24 feridos. O grupo terrorista assumiu a responsabilidade pelo ataque e, de acordo com a imprensa local, afirmou que a ONG fazia parte de uma rede dos EUA "envolvida em atividades ocidentais prejudiciais".
O ataque à organização humanitária aconteceu em meio às negociações entre Washington e o Talibã, que tentam por fim à guerra de 17 anos no Afeganistão, garantindo a retirada das tropas americanas e o cessar das hostilidades militantes no país.
Os EUA querem receber garantias da liderança do grupo que o Afeganistão não se tornará um refúgio seguro para as organizações terroristas após a saída das forças. As negociações já passaram por cinco rodadas, mas até agora não foram bem-sucedidas — embora as autoridades dos EUA tenham relatado certo progresso.
As forças dos EUA vêm travando uma guerra no Afeganistão desde o final de 2001. O envio de tropas americanas e da OTAN foi uma resposta aos ataques mortais de 11 de setembro nos Estados Unidos no mesmo ano.
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