Enquanto os enviados do líder da oposição da Venezuela, Juan Guaidó, e do presidente Nicolás Maduro planejam as negociações de Oslo, na próxima semana, alguns belicistas dos EUA ainda estão pressionando pela intervenção militar.
Sputnik
A ação militar estadunidense pode levar a "outro Vietnã", afirmou um pesquisador, escritor e especialista no tema.
CC BY 2.0 / Exército dos EUA/ Jonathan C. Thibault |
Apoiado em voz alta por Washington e apoiado por dezenas de governos, o anteriormente desconhecido Guaidó apareceu no cenário internacional em janeiro. Após o estrondo do golpe fracassado de abril, pouco disso se materializou, levando Guaidó a assumir a oferta de Maduro de conversas destinadas a resolver a crise.
A retórica belicosa da Casa Branca arrefeceu na sequência da falida ação, mas alguns belicistas no Capitólio continuam a pressionar por uma ação militar.
Referindo-se à invasão de quatro dias do ex-presidente norte-americano Ronald Reagan na pequena ilha caribenha de Granada em 1983, o senador republicano Lindsey Graham disse que uma ação semelhante poderia ser tomada na Venezuela se Maduro e seus militares se recusassem a expulsar conselheiros cubanos.
No entanto, Dan Kovalik, autor de 'The Plot to Overthrow Venezuela' ('O complô para derrubar a Venezuela', em tradução livre), disse à RT que uma invasão à Venezuela "ao estilo Granada" é apenas tolice "e levaria a uma luta prolongada que deixaria os EUA agindo sem nenhum aliado".
"Eu acho que seria um desastre em muitos aspectos", avaliou Kovalik. "Se os EUA fossem afundados em outra guerra do tipo Vietnã, o que causaria mortes de funcionários dos EUA, custaria trilhões de dólares em tesouraria. Pode causar rebelião dentro dos EUA contra o governo".
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