O presidente brasileiro Jair Bolsonaro exaltou o exemplo dos militares que o país deve seguir em uma cerimônia realizada nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro, em homenagem aos ex-combatentes brasileiros que contribuíram para a derrota do nazismo e do fascismo em um 8 de maio, há 74 anos, na Segunda Guerra Mundial.
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"Não tem preço estar ao lado de pessoas que, no passado, garantiram aquilo que é muito mais importante que a nossa vida, que é a nossa liberdade. Minha continência, meu respeito e minha admiração aos homens que estão ao meu lado. Nós temos sim heróis no Brasil. Estes que estão ao meu lado são os heróis de verdade da nossa pátria", declarou.
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O evento reuniu oficiais do Exército Brasileiro, da Marinha do Brasil e da Força Aérea Brasileira (FAB) no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, localizado no Aterro do Flamengo, no Rio. Bolsonaro estava acompanhado dos ministros da Defesa, Fernando Azevedo; da Secretaria-Geral da Presidência, Floriano Peixoto, e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, além do prefeito Marcelo Crivella e do governador do estado, Wilson Witzel.
Diplomatas internacionais também estiveram presentes, como o embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Akopov, e o embaixador da Itália no Brasil, Antonio Bernardini.
Segundo o presidente brasileiro, "feliz é a pátria que tem as suas Forças Armadas com compromisso de lutar a qualquer preço por sua liberdade e por sua democracia". Bolsonaro declarou ainda que o exemplo daqueles brasileiros que lutaram na Europa contra nazistas e fascistas deve ser incorporado em busca de ordem e progresso.
"Queremos sim por exemplo governar o nosso Brasil e ao lado de pessoas e patriotas, que tenham na alma as cores verde e amarela, colocar o Brasil no local de destaque que ele merece", acrescentou, sob aplausos de militares e veteranos da Força Expedicionária Brasileira (FEB), que estiveram em solo europeu até 1945, quando teve fim o conflito.
Falando pelas Forças Armadas, o ministro da Defesa exaltou a trajetória dos que lutaram pela democracia na Europa, ressaltando a vocação brasileira para resolução de conflitos. Ele ainda pontuou que a postura pacífica dos militares brasileiros não deve ser confundida com inoperância.
"A marca assertiva que nossos soldados de ontem e de hoje trazem consigo: combater o bom combate e buscar a paz acima de tudo. Sim, buscamos a paz, mas nossa placidez não deve ser percebida como subserviência. Verás que um filho teu não foge à luta. O braço forte, embora muitas vezes silencioso, antecipa conflitos e garante que a paz e a estabilidade estejam sempre asseguradas, para que cada um de nós possa seguir adiante e garantir seu direito à liberdade e à democracia", comentou Azevedo.
Após o discurso de Azevedo e Bolsonaro, 300 pessoas e três instituições foram agraciadas com a Medalha da Vitória, que se destina a agraciar militares e civis nacionais, militares e civis estrangeiros, policiais e bombeiros militares, militares em instituições civis nacionais que tenham contribuído para a difusão dos feitos dos ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial.
Além deles, também foram homenageados aqueles que participaram de conflitos internacionais em defesa aos interesses do país, os que integraram missões de paz, e os que prestaram relevantes serviços ou apoiaram o Ministério da Defesa no cumprimento de suas missões constitucionais.
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