Imagens de novo veículo aéreo com fuzil a bordo começaram a circular na rede. Drones armados com AKs irão mudar a face da guerra, preveem desenvolvedores.
Nikolai Litôvkin | Russia Beyond
A Rússia apresentou, no final de março, um drone com fuzil de assalto Vepr-12 acoplado. A ideia é que, em breve, militares russos tomem posse do equipamento que substituirá soldados no campo de batalha e realizará todas as tarefas de combate.
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Segundo uma publicação do “Rossiyskaya Gazeta”, o drone foi construído por estudantes do Instituto de Aviação de Moscou, sob encomendada do Consórcio VKO Almaz-Antey, que o patenteou o equipamento.
O veículo não tripulado pesa 23 kg e possui asas tridimensionais.
Os desenvolvedores destacam que o dispositivo combina as utilidades de aviões e helicópteros. Isso porque o “drone matador” – como foi apelidado no campo de testes depois de destruir alvos terrestres e um drone simulado – é capaz de decolar e aterrissar verticalmente, e pode permanecer no ar sem recarga por até 40 minutos. Os dados operacionais são recebidos a partir da câmera instalada a bordo.
“O equipamento passou por um ciclo completo de testes, incluindo a avaliação da capacidade de controle e precisão do disparo, e foi entregue ao cliente”, disse Igor Trifonov, do Instituto de Aviação de Moscou.
Exército de AK-47s voadores
Entre as informações já reveladas, sabe-se o novo modelo será capaz de atacar alvos inimigos com fuzis, metralhadoras ou espingardas de calibre 12. O alcance efetivo dos disparos é de aproximadamente 50 metros. O recuo do tiro não desvia o rumo do drone nem o lança para o lado – após o disparo, o equipamento é capaz de continuar atirando até que a munição se esgote, e só então retorna à base.
O Consórcio VKO Almaz-Antey está considerando, porém, uma variante com fuzil de assalto Kalashnikov de calibre 7.62x39 mm a bordo, em vez de uma espingarda.
De acordo com especialistas, como o 7.62x39 é o calibre mais comum do mundo, e, por isso, o drone poderia ser reabastecido com cartuchos capturados de armazéns de militantes em uma zona de combate no Oriente Médio, por exemplo.
Além disso, uma característica fundamental desse tipo de veículo aéreo não tripulado é a capacidade de integrá-los em um esquadrão voador com 40 ou mais unidades.
Os analistas acreditam que o exército do futuro será baseado em “enxames de drones que substituem os humanos no campo de batalha e usam AI para identificar e eliminar alvos inimigos de forma independente”.