Compra de mini-submarinos de salvamento dispensaria sucessor do Felinto Perry
Por Roberto Lopes | Poder Naval
O Comando da Marinha, assistido pelo Comando da Força de Submarinos e pela Diretoria-Geral do Material da Marinha, está examinando a possibilidade de investir cerca de 50 milhões de dólares na aquisição de um sistema de salvamento submarino idealizado pela companhia britânica James Fisher Defense – JFD.
Submarino de resgate LR5 da James Fisher Defence, em treinamento durante o exercício Black Carillon 2011-1, na Austrália |
Esse kit de socorro subaquático está constituído por dois veículos submarinos: um de menor tamanho, não tripulado, indicado para fazer o primeiro contato com a tripulação do submersível em dificuldades no fundo do mar – e, eventualmente, transferir-lhe suprimentos –, e um segundo veículo, este sim tripulado, conhecido pela sigla DSAR (de Deep Search and Rescue, Busca em Profundidade e Resgate) destinado à extração dos tripulantes do barco acidentado.
Ambos os veículos (e seus periféricos) são transportáveis pelo ar, mas exigem ao menos três jatos cargueiros KC-390 para que possam ser removidos de um lugar a outro.
Por essa metodologia, tão logo chegue a um porto o conjunto de salvamento poderia ser embarcado em um dos três Navios de Apoio Oceânico (NapOc) recentemente adquiridos pela Marinha, e ser levado ao ponto exato, no mar, onde se encontra o submarino em dificuldades.
Atualmente, os navios de Apoio Oceânico se encontram sediados em Rio Grande, sede do 5º Distrito Naval – o Mearim –; no Rio de Janeiro, sede do 1º Distrito Naval – o Purus –; e em Belém, sede do 4º Distrito Naval – o Iguatemi.
Baixa velocidade
A eventual compra do equipamento proposto pela JFD dispensaria a Marinha do Brasil (MB) de se preocupar com a aquisição de um navio de salvamento submarino apto a substituir o barco dessa especialidade na Esquadra – Felinto Perry –, que, praticamente, chegou ao fim da sua vida útil, e apresenta sérios problemas de propulsão.
O kit de resgate da JFD já equipa algumas dezenas de marinhas ao redor do globo – as da Austrália, Coreia do Sul, Singapura e Suécia dentre elas.
O único ponto menos entusiasmante do esquema de salvamento em apreciação é o de que os navios classe Mearim, de 63,4 m de comprimento e 1.943 toneladas de deslocamento (carregados), só podem desenvolver uma velocidade particularmente baixa – em deslocamento rápido não superior a 10-12 nós. A velocidade máxima, de 13,5 nós, não pode ser sustentada por muito tempo.
Entre hoje e sábado, a JFD estará recebendo oficiais da Marinha Brasileira e de outras Armadas em seu stand B34 na LAAD Defence & Security do Rio de Janeiro.
San Juan
O kit de resgate da JFD já equipa algumas dezenas de marinhas ao redor do globo – as da Austrália, Coreia do Sul, Singapura e Suécia dentre elas.
O único ponto menos entusiasmante do esquema de salvamento em apreciação é o de que os navios classe Mearim, de 63,4 m de comprimento e 1.943 toneladas de deslocamento (carregados), só podem desenvolver uma velocidade particularmente baixa – em deslocamento rápido não superior a 10-12 nós. A velocidade máxima, de 13,5 nós, não pode ser sustentada por muito tempo.
Entre hoje e sábado, a JFD estará recebendo oficiais da Marinha Brasileira e de outras Armadas em seu stand B34 na LAAD Defence & Security do Rio de Janeiro.
San Juan
Lançado ao mar na Noruega, em julho de 1979, o Felinto Perry, de 77,8 m de comprimento e 4.107 toneladas, fez carreira, por quase dez anos, como navio de salvamento submarino a serviço de empresas que operavam nos campos de petróleo do Mar do Norte.
Em novembro de 1988 ele foi comprado pela MB, e dois meses mais tarde já estava incorporado à Esquadra.
Dotado de veículo subaquático de operação remota equipado com câmeras de vídeo, ele chegou a ser acionado, no fim de 2017, para participar das buscas ao submarino argentino ARA San Juan, desaparecido misteriosamente ao largo da costa argentina. Mas o que o navio brasileiro pôde fazer foi pouquíssimo, até porque sua baixa velocidade (resultado de problemas na propulsão) ficou claramente demonstrada.
Atualmente o navio serve, especialmente, ao treinamento dos mergulhadores da Marinha.
Depois da tragédia com o San Juan, a Marinha passou a tratar com mais atenção o atual estado de obsolescência do seu serviço de salvamento submarino. Mas, ano passado, a substituição do Felinto Perry perdeu prioridade para a mobilização que a Força vem empreendendo no sentido de obter um novo navio polar (que poderá ser comprado no exterior ou construído no Brasil sob planos adquiridos no estrangeiro).
Em novembro de 1988 ele foi comprado pela MB, e dois meses mais tarde já estava incorporado à Esquadra.
Dotado de veículo subaquático de operação remota equipado com câmeras de vídeo, ele chegou a ser acionado, no fim de 2017, para participar das buscas ao submarino argentino ARA San Juan, desaparecido misteriosamente ao largo da costa argentina. Mas o que o navio brasileiro pôde fazer foi pouquíssimo, até porque sua baixa velocidade (resultado de problemas na propulsão) ficou claramente demonstrada.
Atualmente o navio serve, especialmente, ao treinamento dos mergulhadores da Marinha.
Depois da tragédia com o San Juan, a Marinha passou a tratar com mais atenção o atual estado de obsolescência do seu serviço de salvamento submarino. Mas, ano passado, a substituição do Felinto Perry perdeu prioridade para a mobilização que a Força vem empreendendo no sentido de obter um novo navio polar (que poderá ser comprado no exterior ou construído no Brasil sob planos adquiridos no estrangeiro).
Submarino Patrulheiro - Patrulha Canina - Sunny |