Segundo o diretor do Serviço Exterior de Inteligência da Rússia (SVR), Sergei Naryshkin, a Rússia vê sinais de preparação de uma operação militar dos EUA contra a Venezuela, mas só o tempo dirá se tal plano será ou não realizado.
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"Tais sinais existem, mas o tempo dirá se esse plano será realizado", disse Naryshkin, sublinhando que a situação no país é muito tensa.
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Segundo o diretor do SVR, as ações do Ocidente na Venezuela são cínicas e provocam uma catástrofe humanitária nas proximidades dos próprios Estados Unidos.
"A Casa Branca declara reiteradamente que existe uma ameaça de imigração não controlada, planeja gastar bilhões para reforçar a fronteira com o México, mas, ao mesmo tempo, desencadeia um novo conflito civil, provocando uma catástrofe humanitária, desta vez praticamente às portas de seu território", explicou Naryshkin.
A tensão política na Venezuela aumentou desde que, em 23 de janeiro, o líder da oposição Juan Guaidó se declarou presidente interino do país.
Por sua vez, Maduro acusou Washington de organizar uma tentativa de golpe e anunciou o rompimento das relações diplomáticas com os EUA.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse que todas as opções para o que ele descreveu como "restauração da democracia" na Venezuela continuam na mesa, incluindo a intervenção militar.
Os EUA e vários países da Europa e América Latina, inclusive o Brasil, reconheceram Guaidó como presidente interino do país.
Rússia, China, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Turquia, México, Irã e muitos outros países manifestaram seu apoio a Maduro como presidente legítimo e exigiram que os outros países respeitem o princípio de não interferência nos assuntos internos venezuelanos.
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