Despesas chegam a nível mais alto desde fim da Guerra Fria, alimentadas pelos investimentos dos EUA e China, mostra relatório do Sipri. Americanos são responsáveis por 36% das despesas com armamentos no mundo.
Deutsch Welle
As despesas militares globais atingiram em 2018 seu nível mais alto desde o fim da Guerra Fria, alimentadas pelo aumento dos gastos dos Estados Unidos e China, as duas maiores economias do mundo, segundo números divulgados nesta segunda-feira (29/04) pelo Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo (Sipri).
Gastos militares globais em 2018 atingiram 1,82 trilhão de dólares, aumento de 2,6% em relação ao ano anterior. |
Em seu relatório anual, o think tank sueco aponta ser esse o valor mais alto desde 1988, primeira vez que o levantamento foi publicado, quando a Guerra Fria começava a arrefecer.
Os gastos militares americanos aumentaram 4,6% em 2018, chegando a 649 bilhões de dólares e colocando o país ainda mais na dianteira em relação às demais nações. Os EUA foram responsáveis por 36% do total de despesas militares globais, valor próximo aos gastos combinados dos oitos países seguintes na lista, segundo o Sipri.
A China, em segundo lugar, apresentou seu 24º crescimento anual consecutivo, aumentando seus gastos militares em cerca de 5%, num total de 250 bilhões de dólares. Os chineses representam 14% dos investimentos globais e nos últimos dez anos cresceram 83%. Desde 2013, o país dedica 1,9% de seu PIB a armamentos.
Seguem-se a Arábia Saudita (67,6 bilhões de dólares) Índia (66,5 bilhões) e França (63,8 bilhões). Em sexto lugar está a Rússia (61,4 bilhões), que assim, pela primeira vez desde 2006, deixa de fazer parte dos cinco maiores da lista do Sipri. Uma das razões para a queda de investimentos russos, verificada desde 2016, está nas sanções do Ocidente devido ao conflito com a Ucrânia. Enquanto isso, a Ucrânia aumentou suas despesas militares em 21% em relação ao ano anterior, gastando 4,8 bilhões de dólares.
Em sétimo lugar está o Reino Unido (50 bilhões). A Alemanha vem em oitavo lugar, tendo subido um posto em relação a 2017: ela investiu 49,5 bilhões de dólares em defesa, 1,8% a mais do que em 2017.
"Em 2018, os EUA e a China representaram metade gastos militares do mundo", enfatizou Nan Tian, pesquisador do Programa de Despesas com Armas e Militares (Amex) do Sipri.
Com o comprometimento do presidente Donald Trump de fortalecer a defesa, apesar de reduzir os números de tropas dos EUA em zonas de conflito como o Afeganistão, 2018 marcou o primeiro aumento nos gastos militares dos EUA desde 2010, revelou o Sipri. Seu pedido de gastos com defesa ao Congresso este ano é o maior historicamente em termos de dólares, antes do ajuste pela inflação.
"O aumento dos gastos dos EUA foi impulsionado pela implementação, a partir de 2017, de novos programas para aquisição de armamentos sob a administração Trump", ressaltou o diretor do programa Amex, Aude Fleurant, através de comunicado.
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