O Exército do Sudão derrubou o presidente Omar al-Bashir após várias semanas de protestos, informou hoje (11) o canal de televisão Al-Mayadeen.
Sputnik
O Exército do Sudão decidiu afastar o presidente Omar al-Bashir de todos os cargos e demitir o governo, informou o canal de televisão Al-Mayadeen, citando fontes. Segundo a mídia, o exército anunciará a criação de um comitê militar que liderará o país durante o período de transição.
© REUTERS / Stringer |
O jornal Al Hadath também disse que suas fontes confirmaram a demissão de Omar al-Bashir.
Anteriormente, a agência Reuters informou, citando a televisão estatal, que o Exército do Sudão faria uma "declaração importante em breve", acrescentando que a rádio estatal sudanesa começou a tocar música patriótica.
Segundo a mídia local, um grupo de militares supostamente entrou no prédio da rádio sudanesa.
O Al Hadath informou que o presidente Omar al-Bashir foi detido. O primeiro-ministro do Sudão, Mohamed Tahir Ayala, também teria sido alegadamente detido.
O presidente sudanês foi destituído e detido pelas Forças Armadas, disse o ministro da Defesa do país, Awad Ahmed Benawf.
"Anuncio a detenção desse regime e seu líder, que se encontra em um lugar seguro", disse Awad Ahmed Benawf em uma declaração na televisão estatal do país.
Além disso, o ministro da Defesa anunciou a dissolução do parlamento e do governo do país.
Foram enviados unidades do exército e veículos blindados adicionais à capital do país, Cartum. A polícia desapareceu das ruas, informou a mídia local.
A Reuters informou, citando testemunhas, que as pessoas nas ruas estão cantando "Foi derrubado, vencemos!"
Milhares de pessoas foram às ruas da capital sudanesa no fim de semana, exigindo a demissão do presidente do país, Omar al-Bashir. Os comícios continuaram na segunda (9) e terça-feira (10). Segundo a organização não governamental Human Rights Watch, os confrontos entre manifestantes e forças de segurança resultaram em pelo menos oito mortes de sábado (6) a segunda-feira (8).
O Sudão está vivendo manifestações desde dezembro, causados pelo aumento dos preços dos bens de consumo. Os protestos em massa levaram Bashir, que está no poder há 30 anos, a dissolver o gabinete e a declarar o estado de emergência nacional por um ano.
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