Diplomatas venezuelanos deixaram a embaixada do país nos EUA, de acordo com exigência do Departamento de Estado dos EUA, mas pacifistas americanos permanecem no prédio, disse à Sputnik a representante da organização pacifista Code Pink.
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Quando perguntada se os diplomatas permanecem no edifício, Medea Benjamin respondeu: "Nós não os vemos aqui".
Escritório abandonado na embaixada da Venezuela nos EUA © AFP 2019 / Andrew CABALLERO-REYNOLDS |
Segundo Benjamin, os diplomatas pretendiam ir à sede da ONU em Nova York, onde se mantém a representação venezuelana, e conversar com o ministro das Relações Exteriores do país. Dezenas de ativistas estão no edifício da embaixada, especificou Benjamin.
Na quinta-feira (25), foi anunciada a exigência das autoridades norte-americanas de que os diplomatas venezuelanos abandonem a embaixada. Os EUA reconhecem como presidente venezuelano Juan Guaidó, ao invés de Nicolás Maduro, e exigem que a embaixada e os numerosos consulados do país fiquem sob controle dos apoiadores de Guaidó.
Membros da "coletivo de defesa da embaixada" disseram no Twitter que consideram sua presença na embaixada legal. "O coletivo enviou hoje duas mensagens para o Departamento de Estado e explicou que nós não estamos violando a lei, e que se houver prisões ilegais vamos processar os responsáveis pelas ordens de detenção ou pelas próprias detenções", disse o relatório.
"Nós relatamos isso por escrito ao Departamento de Estado ainda antes de 24 de abril, mas repetimo-lo hoje depois que os Serviços Secretos dos EUA chegaram à embaixada e fotografaram o prédio, preparando planos para uma penetração ilegal e detenções ilegais", disseram os ativistas.
As autoridades americanas e os apoiantes de Guaidó ainda não tentaram invadir o edifício. Os ativistas disseram que viram durante a noite dois carros dos Serviços Secretos dos EUA, que garantem a segurança das missões diplomáticas, passarem no exterior do edifício, mas eles não pararam. "Esperamos que eles demonstrem bom senso suficiente para respeitar o governo eleito [de Nicolás Maduro] e não invadam a embaixada", concluíram os ativistas.
Na Venezuela, em 21 de janeiro começaram protestos em massa a favor e contra o atual presidente Nicolás Maduro. Após o início dos tumultos, Juan Guaidó se declarou presidente interino. Vários países anunciaram reconhecer Guaidó como líder interino do país caribenho, entre eles os EUA e o Brasil. A Rússia, China e outras nações apoiam a presidência de Maduro.
bloqueio da venezuela em 1902, o - suas implicações nas relações internacionais da época - Unesp |