A organização não-governamental Human Rights Watch criticou a administração Trump de prometer reconhecer a soberania israelense sobre as Colinas de Golã, descrevendo-a como o envio de uma "bola de demolição" através dos direitos dos sírios que vivem lá.
Sputnik
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deve visitar a Casa Branca nesta segunda-feira, onde o presidente estadunidense Donald Trump deve ratificar uma diretiva que reconhece a reivindicação territorial israelense, apesar do clamor internacional que vai contra o direito internacional.
© AP Photo / Ariel Schalit |
"O presidente Trump parece pronto para conduzir uma bola de demolição pela lei internacional que protege a população das colinas ocupadas de Golã", alertou Eric Goldstein, vice-diretor da HRW no Oriente Médio e Norte da África.
Ele acrescentou que se o presidente dos EUA seguir com o reconhecimento, ele pode encorajar outros a "dobrar" suas próprias apropriações de terras.
O território sírio tem sido ocupado por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967, com os vizinhos árabes de Israel. Cerca de 27.000 sírios ainda vivem na terra anexada.
Em 1981, Tel Aviv estendeu suas próprias leis para a região, mas estas foram declaradas "nulas e sem efeito" pelo Conselho de Segurança da ONU.
No entanto, isso não impediu o presidente Trump de escrever em seu Twitter, na semana passada, que era hora de "reconhecer plenamente" a soberania de Israel sobre a terra ocupada, dizendo que é de "importância estratégica e de segurança".
No entanto, seus apelos não conseguiram reunir o apoio de aliados internacionais, com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, dizendo que levaria a questão à ONU. Os membros da União Europeia (UE) também apoiaram a resolução da ONU, com o ministro de Relações Exteriores da Alemanha dizendo que a ocupação das Colinas de Golã ainda é "status quo de acordo com a lei internacional".
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