O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou nesta quinta-feira como "decepcionante" o fato de a Coreia do Norte ter começado a reconstruir uma base de mísseis que estava sendo desabilitada e projetou que, daqui um ano, será possível saber se o diálogo com Kim Jong-un deu resultado.
EFE
Washington - Perguntado por um jornalista se estava decepcionado com os novos sinais de atividade nuclear na Coreia do Norte, Trump respondeu que as notícias divulgadas nos últimos dias eram "decepcionantes".
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"Veremos em breve. Saberemos o que vai acontecer em cerca de um ano", projetou o presidente americano, que conversou com a imprensa antes de uma reunião com o primeiro-ministro da República Tcheca, Andrej Babis, no Salão Oval.
Ontem, fotos por satélite divulgadas pelo site "38north" e pelo Centro de Estudos Estratégicos Internacionais (CSIS), mostram que a Coreia do Norte começou a reconstruir a base de Sohae, no noroeste do país. As imagens mostram guindastes e veículos perto da plataforma de lançamento e na de teste de motores de mísseis.
A Coreia do Norte começou a desativar a base de Sohae em junho do ano passado, pouco depois da primeira cúpula entre Kim e Trump.
Apesar de o regime norte-coreano não ter se comprometido a desmantelar Sohae por escrito, Trump afirmou que o próprio Kim prometeu que desativaria a base. O gesto foi visto como uma pré-disposição para avançar na desnuclearização do país.
Não se sabe por que Kim decidiu reconstruir a estrutura nem a data exata que os trabalhos de reconstrução recomeçaram. No entanto, as imagens foram divulgadas depois do fracassado encontro entre Trump e Kim em Hanói, no Vietnã, que terminou sem acordo.
Os dois governos divulgaram versões diferentes sobre as propostas feitas na reunião, mas o encontro deixou claro que há grandes divergências entre as partes. Trump decidiu encerrar a cúpula de forma abrupta, mas a Casa Branca afirmou que o presidente planeja se encontrar outra vez com o líder norte-coreano em breve.
"O presidente está, obviamente, aberto a conversar outra vez. Veremos quando poderemos programar e como isso funcionária", afirmou em entrevista à "Fox News" o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton.