Rússia quer impedir intervenção na Venezuela - Notícias Militares

Breaking News

Post Top Ad

Responsive Ads Here

Post Top Ad

Responsive Ads Here

03 março 2019

Rússia quer impedir intervenção na Venezuela

Presidente do Senado russo recebe vice de Maduro e afirma que Moscou fará tudo para evitar que EUA intervenham no país sul-americano. Seria um ato "cínico" vindo de um país que se diz defensor da democracia, acusa ela.


Deutsch Welle

Moscou fará "tudo que estiver a seu alcance" para impedir uma intervenção militar dos Estados Unidos na Venezuela, afirmou neste domingo (03/03) a presidente do Conselho da Federação, a câmara alta do Parlamento da Rússia, Valentina Matvienko, durante encontro com a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez.


A vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, e o ministro do Exterior russo, Serguei Lavrov, em Moscou
A vice-presidente venezuelana foi recebida também pelo ministro do Exterior russo, Serguei Lavrov, em Moscou

"Em grande parte, nos preocupa que os Estados Unidos possam realizar qualquer provocação para causar derramamento de sangue e encontrar, assim, uma desculpa e um motivo para intervirem na Venezuela. Mas nós faremos o possível para que isso não ocorra", disse Matvienko, segundo a agência russa Interfax.

Matvienko ressaltou que "é especialmente cínica" a atitude dos EUA, "um país que se posiciona no mundo como defensor da democracia".

A presidente do Conselho da Federação – órgão legislativo equivalente ao Senado – qualificou de "grosseira violação do direito internacional e dos estatutos da ONU" as tentativas de "derrubar ilegalmente o atual presidente" e "a nomeação como chefe do país de um político opositor no exterior".

"Tudo isso se soma às ameaças de intervenção militar. A Rússia fez o possível, e seguirá fazendo no futuro, para impedir tal evolução dos eventos", disse a legisladora.

O líder opositor venezuelano, Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países, anunciou mais protestos em massa em todo o país nesta segunda e terça-feira, durante o Carnaval na Venezuela.

Guaidó afirmou que retornará à Venezuela para participar das manifestações, durante entrevista coletiva com o presidente equatoriano Lenín Moreno, na localidade equatoriana de Salinas. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ameaçou prender Guaidó, acusando-o de não ter respeitado uma proibição judicial de deixar o país.

Devido à ameaça, o possível retorno de Guaidó tem sido visto com preocupação por observadores internacionais. Ele viajou para a Colômbia há uma semana, tendo desde então se encontrado com chefes de Estado em vários países da América do Sul, incluindo Brasil e Argentina.

A União Europeia alertou contra a prisão de Guaidó e ameaçou com consequências. "Qualquer medida que comprometa a liberdade, segurança ou integridade pessoal de Guaidó irá gerar um acirramento das tensões e será condenada com firmeza pela comunidade internacional", advertiu na noite de sábado a chefe de política externa da UE, Federica Mogherini, em nome dos Estados-membros do bloco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Post Top Ad

Responsive Ads Here