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19 março 2019

'Queremos que a Venezuela volte à democracia', diz Bolsonaro a TV dos EUA

Em entrevista à Fox News, o presidente também defendeu o muro para separar EUA do México. Nesta terça, ele vai se encontrar com Donald Trump.


Por G1

O presidente Jair Bolsonaro disse em entrevista à TV norte-americana na madrugada desta terça-feira (19) que a Venezuela estará no centro das discussões durante o encontro com o presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca, nesta tarde.

Bolsonaro em entrevista à Fox News, nos EUA — Foto: Reprodução/Fox News
Bolsonaro em entrevista à Fox News, nos EUA — Foto: Reprodução/Fox News

Ao canal Fox News, Bolsonaro reafirmou que o presidente norte-americano mantém "todas as opções na mesa"em relação à Venezuela. "Nós não podemos falar em todas as possibilidades, mas o que for possível de forma diplomática", disse Bolsonaro, segundo tradutor da emissora.

A entrevista foi ao ar com tradução simultânea, e em alguns trechos não foi possível ouvir o que o presidente respondeu. Bolsonaro disse que o Brasil é o país mais interessado em pôr fim ao governo de Nicolás Maduro.

O presidente afirmou que o governo brasileiro está alinhado ao de Trump. "Hoje temos nova ideologia, e queremos que a Venezuela volte à democracia", afirmou.

Bolsonaro também defendeu o muro na fronteira com o México proposto por Trump para barrar imigrantes sem autorização de entrar nos Estados Unidos e criticou a oposição americana, o Partido Democrata, que se opõe à construção do muro. Segundo ele, a "maioria dos imigrantes não tem boas intenções".

O presidente também disse que vai conversar com Trump sobre estreitar os laços comerciais entre os dois países.

O entrevistador Shannon Bream, da Fox News, disse que muitos se referem a ele como "Trump dos trópicos" e questionou a semelhança que mantém com o presidente dos EUA.

"Eu o admiro, eu sou muito objetivo e franco, também quero fazer o Brasil grande, como ele [em relação à América]. Amanhã eu vou abrir o meu coração e espero que aconteça o melhor para os nossos países."

Caso Marielle

Bolsonaro também comentou a prisão do sargento reformado Ronnie Lessa, apontado como um dos assassinos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. Lessa mora no mesmo condomínio onde o presidente possui uma casa, no Rio de Janeiro.

"Eu sou ex-capitão do Exército Brasileiro, e muitos dos policiais militares do Rio de Janeiro são bons amigos meus. Por coincidência, um dos policiais militares suspeitos do assassinato de Marielle não era bem um vizinho meu. Ele vivia do lado oposto da outra rua. (...) Eu nunca vi esse senhor no meu condomínio. Eu passo muito tempo fora do condomínio. Não passo muito tempo envolvido na vida social dali", disse Bolsonaro.

"Eles até tentaram dizer que meu filho mais novo, que tem 20 anos, pode ter namorado a filha dele. Eu perguntei: 'Você namorou ela?' Ele disse: 'Namorei quase todas as garotas do condomínio, não me lembro. Se você me mostrar uma foto, quem sabe eu me lembre dela'", afirmou Bolsonaro, segundo a tradução.

Carnaval

O brasileiro também foi perguntando sobre o post que fez no Twitter, na terça-feira de carnaval. Ele compartilhou um vídeo de um bloco de carnaval em São Paulo em que dois homens dançam sobre um ponto de táxi.

Em determinado momento, um deles coloca o dedo no ânus e se abaixa para que o outro urine nele. No dia seguinte, o presidente tuitou: "O que é golden shower?", que significa "ducha dourada" (em tradução literal). É um termo em inglês usado para definir relações sexuais envolvendo o ato de urinar no(a) parceiro(a).

"Eu fui eleito por ser franco e dizer o que penso. E defendo famílias", disse Bolsonaro à Fox News, segundo a tradução.

Visita aos EUA


Bolsonaro chegou aos Estados Unidos neste domingo (17) e se reunirá com o presidente Donald Trump nesta terça. A expectativa é que Brasil e EUA assinem acordos em diversas áreas.

Nesta segunda-feira (18), Bolsonaro acompanhou a assinatura de um acordo que permitirá aos EUA lançar foguetes da base de Alcântara (MA).

Também foi publicado no Diário Oficial um decreto, assinado por Bolsonaro, que permitiu a entrada no Brasil de turistas de Estados Unidos, Austrália, Canadá e Japão sem a necessidade de visto.

A medida foi "unilateral", ou seja, não muda a forma de os cidadãos brasileiros entrarem nesses países. Segundo o governo, a dispensa do visto foi adotada a fim de incentivar a geração de emprego e renda no Brasil.

Bolsonaro também discursou nesta segunda no "Dia do Brasil em Washington", na Câmara de Comércio dos Estados Unidos. Ele mencionou a capacidade econômica e bélica dos EUA ao defender que a "questão da Venezuela" seja resolvida.


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