Um navio de guerra da Marinha dos EUA e um navio da Guarda Costeira americana navegaram através do estreito de Taiwan, o que pode levar a um aumento das tensões com a China.
Sputnik
O destróier de mísseis USS Curtis Wilbur e o navio USCGC Bertholf realizaram "um trânsito de rotina através do estreito de Taiwan entre 24 e 25 de março", declarou o porta-voz da 7ª Frota dos EUA, o tenente Joe Keiley, citado pelo jornal Japan Times, e acrescentou que a decisão foi tomada "em conformidade com o direito internacional".
USS Curtis Wilbur © REUTERS / Marinha dos EUA/ Declan Barnes |
O trânsito "demonstra o compromisso dos EUA com um Indo-Pacífico livre e aberto", afirmou o porta-voz, que prometeu que as forças estadunidenses continuarão "voando, navegando e operando em qualquer lugar que a lei internacional permita".
O trânsito dos navios, que ocorreu dias antes de negociações comerciais de alto nível entre os EUA e a China em Pequim, poderia gerar descontentamento da China, que considera Taiwan como parte integrante de seu território.
Anteriormente, a agência Bloomberg informou, citando funcionários familiarizados com o assunto, que o governo Trump deu sua "aprovação tácita" ao pedido de Taiwan de comprar mais de 60 caças americanos F-16. O Ministério das Relações Exteriores da China manifestou seu protesto contra a possível venda e pediu que os EUA "reconheçam plenamente a sensibilidade deste problema e o dano que causará".
As relações oficiais entre o governo central da China e a província de Taiwan foram interrompidas em 1949, quando as forças do partido Kuomintang lideradas por Chiang Kai-shek se instalaram na ilha. Os contatos formais e de negócio entre a China continental e Taiwan se reiniciaram no final dos anos 80. Desde o início dos anos 90, as partes estabeleceram contatos por meio de organizações não governamentais.
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