Apagão aconteceu ao mesmo tempo que moradores protestavam exigindo restabelecimento do fornecimento de água.
Por G1
Vários setores de Caracas, na Venezuela, sofreram um novo blecaute na manhã desta segunda-feira (18), de acordo com o jornal local "El Nacional".
Vários setores de Caracas, na Venezuela, sofreram um novo blecaute na manhã desta segunda-feira (18), de acordo com o jornal local "El Nacional".
Pessoas usam celulares no primeiro dia de apagão em Caracas, em 7 de março — Foto: Matias Delacroix/AFP |
O apagão aconteceu ao mesmo tempo em que moradores dos distritos do leste da capital venezuelana protestavam exigindo o restabelecimento do fornecimento de água, que, de acordo com a população, está interrompido há mais de 50 dias.
O blecaute também afetou as cidades de Guarenas e Guatire, situadas no estado de Miranda, próximas a Caracas. Há relatos de que a luz foi restabelecida em partes, alguns moradores reportaram nas redes sociais que a falta de luz continuava no início da tarde.
A falha de fornecimento de energia ocorre poucos dias depois do restabelecimento do serviço elétrico, depois que um apagão paralisou o país em 7 de março durante uma semana.
A jornalista venezuelana Lidk Rodelo afirmou que transformadores explodiram em uma subestação elétrica localizada na zona industrial de Cloris, Miranda.
"Moradores de Palo Verde, município Sucre, NÃO tiveram LUZ nem ÁGUA por 12 dias consecutivos. São 200 famílias afetadas desde o dia do megablecaute", escreveu no Twitter o ex-prefeito do distrito, Carlos Ocariz, opositor ao regime de Maduro.
50 dias sem água
Em Los Chorros, também no leste da capital, os venezuelanos protestaram contra a falta de água, uma situação comum no país desde antes do blecaute. Os moradores da região asseguram que estão há mais de 50 dias sem água e que as autoridades não responderam às denúncias que apresentaram por escrito à prefeitura do município de Sucre e da estatal Hidrocapital.
No país são comuns os cortes elétricos e a interrupção do fornecimento de água, uma situação que a oposição e especialistas atribuem à falta de manutenção das usinas elétricas e hidrológicas.
O governo de Maduro afirma que as falhas ocorrem devido a supostas sabotagens dos Estados Unidos e da oposição local.