O Curso de Formação de Sargentos em Juiz de Fora apresentou um aumento significativo de mulheres em busca da carreira militar. A Sputnik Brasil conversou com o Centro de Comunicação Social do Exército sobre a presença feminina nos serviços militares.
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86 alunos de todo o Brasil, sendo 54 mulheres, iniciaram neste mês o Curso de Formação de Sargentos do 4.° Grupo de Artilharia de Campanha Leve, em Juiz de Fora, MG.
Militares brasileiras | Fernando Frazão/ Agência Brasil |
O Centro de Comunicação Social do Exército, em nota à Sputnik Brasil, comentou que as tarefas executadas pelas mulheres no Curso de Formação de Sargentos não têm distinção das atividades dos homens.
"Atualmente no universo das praças [sargentos], as mulheres podem ingressar como militares de carreira ou temporárias. Como militares temporárias, de acordo com a necessidade de cada Região Militar, o ingresso pode ser nas diversas áreas previstas na Portaria 171-DGP, de 8 de julho de 2009, que aprova as áreas e Habilitações Técnicas de Interesse do Exército destinadas a Oficiais e Sargentos do Serviço Técnico Temporário", informou o Exército.
Assim, a instituição afirma que "em qualquer das situações de ingresso as tarefas executadas são as mesmas dos homens, de acordo com a formação ou habilitação técnica, não havendo distinção de gênero".
O Centro de Comunicação Social do Exército observou também que as mulheres ocupam cargos de chefia na unidade.
"Geralmente em setores administrativos, de saúde, jurídico, de tecnologia da informação e outros, cabendo ressaltar que a chefia é prerrogativa dos militares do segmento feminino que ingressaram como oficiais", diz a nota.
De acordo com os dados fornecidos pelo Exército, houve um crescimento significativo da participação feminina no efetivo nos últimos anos. O número de mulheres praticamente dobrou nos últimos 10 anos. Em 2008, o número de mulheres no efetivo total (oficiais e praças) era de 5.529, aumentando para 10.978 em 2018.