Marinha do Brasil concentrará todos os seus submarinos na base de Itaguaí a partir de 2022 - Notícias Militares

Breaking News

Post Top Ad

Responsive Ads Here

Post Top Ad

Responsive Ads Here

25 março 2019

Marinha do Brasil concentrará todos os seus submarinos na base de Itaguaí a partir de 2022

Os Comandos da Força de Submarinos e da Esquadra marcaram para 2022 a remoção de todos os seus cinco submarinos de tecnologia alemã IKL para a Base Naval de Itaguaí, 74 km (por terra) a oeste do Rio de Janeiro.


Por Roberto Lopes | Poder Naval

Os chefes navais definiram que o próximo Período de Manutenção Geral (PMG) do submarino Tupi, previsto para acontecer no período de 2021 a 2022, será o último grande serviço que a Gerência de Reparos de Submarinos do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ/G4) – fará em um submarino da classe IKL-209 sediado na Base Almirante Castro e Silva, da Ilha de Mocanguê (Niterói, RJ), nos fundos da Baía de Guanabara.


Submarinos classe Tupi na Base Almirante Castro e Silva (BACS) em Mocanguê, Niterói - RJ. Foto: Alexandre Galante
Submarinos classe Tupi na Base Almirante Castro e Silva (BACS) em Mocanguê, Niterói – RJ. Foto: Alexandre Galante

Após esse evento, todos os cinco submarinos de tecnologia alemã – quatro Tupis e o Tikuna (um IKL-209 modificado) – serão transferidos para a nova base que está sendo aprontada no complexo naval de Itaguaí (RJ), junto ao estaleiro incumbido de produzir as modernas embarcações da série francesa Scorpène (no Brasil, classe Riachuelo ou S-BR).

A antiga Base de Submarinos da Marinha do Brasil foi criada em maio de 1941 – em meio ao clima tenso da 2ª Guerra Mundial – sob a designação de Base da Flotilha de Submarinos. A denominação de Base Almirante Castro e Silva só foi adotada no pós-guerra – a 27 de setembro de 1946 – por meio do Aviso nº 1.865.

Com a transferência dos submarinos de origem alemã, seu futuro será o de servir como Base de Apoio a todas as classes de submarinos da Marinha do Brasil (MB) – condição reforçada, a 21 de março do ano passado, pela inauguração de um Sistema de Tratamento de Água por Osmose Reversa com Eletrodeionizador embutido, equipamento apto a atender toda a demanda de água destilada dos meios da Marinha do Brasil (MB).

Dispensas 

A remoção das unidades IKL-209 para Itaguaí implicará na desativação da famosa AMRJ/G4, constituída por um prédio administrativo, oficinas e o dique Santa Cruz, de 88,45 m de comprimento (8,5 m de altura e largura do fundo, na entrada, de 9,15 m), capaz de içar cargas de até 20 toneladas.

Na verdade, os reparos em submarinos IKL-209 são realizados por meio de uma parceria montada pelo AMRJ com a EMGEPRON, empresa vinculada à Marinha fortemente prestigiada durante a gestão do ex-Comandante da Força, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira.

Esse esforço conjunto define trabalhos que vão do planejamento dos reparos a serem executados nos submarinos às provas de mar das embarcações.

O rol dos serviços disponíveis é extenso, e se estende das tarefas mais meticulosas (e arriscadas) de corte, solda e alinhamento e medição do casco resistente, até os encargos mais comuns – como os reparos de sistemas hidráulicos e de propulsão, e a manutenção de baterias –, que podem ser elencados da seguinte forma:

  • Reparo do motor diesel-elétrico;
  • Manutenção ordinária das praças de baterias;
  • Manutenção do snorkel;
  • Manutenção dos sistemas de refrigeração;
  • Reparo dos tubos lança-torpedos;
  • Inspeção e reparo de válvulas;
  • Reparo estrutural;
  • Reparo de periscópio e equipamentos ópticos;
  • Reparo de sensores e aparelhos elétricos e eletrônicos.

Entretanto, desde o ano passado que a EMGEPRON vem dispensando o pessoal empregado no AMRJ. Dentro de dois anos, o efetivo do G4 que restar será transferido para Itaguaí.

A transferência dos IKL para Itaguaí também permitirá aos navios da Força de Submarinos movimentação de forma bem mais discreta do que é possível fazer hoje, em plena Baía de Guanabara.

Além disso, um militar engenheiro naval disse ao Poder Naval que a tendência é o complexo de Itaguaí concentrar as principais atividades de fabricação da MB.

“Mesma água” 

Na verdade, a transferência dos IKL-209 não é uma ideia nova.

Cinco anos atrás, a Marinha traçou planos para as áreas do Arsenal do Rio que serão liberadas dos seus encargos, após a transferência para Itaguaí dos serviços de manutenção de submarinos.

De acordo com o apurado, à época, pelo PN, a ideia é de que as instalações que hoje servem à Oficina de Submarinos passem por modificações que as habilitem a esse reaproveitamento.

O plano: utilizar as áreas liberadas para a construção de blocos e megablocos destinados a navios de superfície. Mais tarde, tais componentes seriam acoplados nas carreiras ou no Dique “Almirante Régis”.

A “intimidade” do AMRJ com os submarinos IKL-209 é grande.

Em fevereiro do ano passado o Arsenal realizou a docagem de dois submarinos em sequência no Dique Almirante Jardim, um dos principais do Arsenal.

A 2 de fevereiro, o submarino “Tupi” foi docado para o conserto do ejetor de lixo. O reparo foi realizado pela equipe do AMRJ em três dias, permitindo que, a 8, a desdocagem do navio já pudesse ser realizada.

Em seguida, “na mesma água” – como o pessoal de Marinha gosta de dizer –, foi realizada a docagem (para serviços de inspeção e hidrojateamento do casco) do submarino “Timbira” – utilizando-se, inclusive, a mesma arrumação de picadeiros sobre a qual o Tupi repousara.

Imaginext - SUBMARINO AVENTURA - Mattel - Fisher price

Imaginext - SUBMARINO AVENTURA - Mattel - Fisher price

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Post Top Ad

Responsive Ads Here