O primeiro-ministro de Israel e titular de Defesa, Benjamin Netanyahu, incluiu nesta quarta-feira o canal de televisão palestina "Al-Aqsa TV", vinculado ao movimento islamita Hamas, na lista de organizações consideradas terroristas.
EFE
Jerusalém - O chefe de Governo assinou esta ordem "amparada na legislação antiterrorista (israelense)" e por recomendação do Serviço de Segurança Interior (Shin Bet) e da união nacional contra o financiamento do terrorismo do Ministério de Defesa, indicou o escritório de Netanyahu em comunicado.
Foto de arquivo de uma reprodução de transmissão televisiva do canal Al-Aqsa TV. EFE/Al-Aqsa TV |
Estes organismos acusam o canal de usar sua plataforma para recrutar soldados para as fileiras do Hamas, afirmou a mesma fonte.
Israel denunciou em fevereiro que o Hamas utilizava a "Al Aqsa TV" para transmitir mensagens desde Gaza aos palestinos do território ocupado de Cisjordânia a fim de incitá-los a cometer ataques.
O Shin Bet afirmou então que esta televisão, com sede na Faixa, passava mensagens ocultas durante suas transmissões a supostos recrutados na Cisjordânia, em nome do braço armado do Hamas, através de seus apresentadores e repórteres.
Segundo esta organização, o modus operandi consistia em pedir aos supostos recrutados na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental que vissem uma emissão a uma hora determinada, momento no qual recebiam uma mensagem "com propósitos militares".
Israel bombardeou em novembro o escritório e estúdios do canal palestino em Gaza sob a acusação de que seu edifício era utilizado "para fins terroristas", durante o último aumento de violência pelo lançamento de projéteis desde o enclave e os bombardeios israelenses de represália.
O canal anunciou que encerrava suas emissões em dezembro pelas dificuldades econômicas que atravessava após o ataque, que avaliou em quase quatro milhões de euros, mas depois retificou e declarou que se manteria em funcionamento.
O Hamas governa de fato em Gaza desde 2007, após violentos enfrentamentos com leais da formação nacionalista, Fatah, do presidente palestino Mahmoud Abbas, e desde então o enclave está bloqueado por Israel por terra, mar e ar.