Israel fará gestões com a Rússia para garantir a saída dos grupos armados estrangeiros com presença militar na Síria, afirmou neste domingo o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, depois da reunião mantida na última quarta-feira em Moscou com o presidente russo, Vladimir Putin.
EFE
Jerusalém - Segundo Netanyahu, os dois líderes chegaram a um acordo para manter "o mecanismo de coordenação de segurança entre os exércitos russo e israelense" na Síria, e estabeleceram "um objetivo comum" para a "retirada das forças estrangeiras que chegaram ali antes da explosão da guerra civil", por isso formarão "uma equipe de trabalho conjunta".
Benjamin Netanyahu | Reprodução |
O chefe de governo israelense afirmou no início da reunião dominical de seu gabinete ministerial que o Irã foi o assunto central abordado com o líder russo. Netanyahu comunicou a Putin "de maneira inequívoca, que Israel não permitiria a concentração militar do Irã na Síria" e assegurou que suas forças efetuarão mais "ações militares" contra a presença iraniana no país vizinho se considerar necessário.
Putin e Netanyahu mantiveram encontros em 11 ocasiões desde setembro de 2015, quando a Rússia se envolveu militarmente no conflito sírio, onde é o principal aliado do regime de Bashar al Assad junto ao Irã.
Israel considera a presença militar iraniana na Síria como uma ameaça para sua existência, reiterou que não tolerará que o regime dos aiatolás "tenha uma base" perto de sua fronteira e atacou em diversas ocasiões alvos militares do Irã em território sírio e também de seu aliado, a milícia xiita libanesa Hezbollah.
Além disso, Netanyahu parabenizou hoje as autoridades do Reino Unido por incluírem o Hezbollah em sua lista de organizações terroristas e fez um pedido a outros países europeus e da esfera mundial para aderirem "a essa grande decisão".