Em meio ao agravamento das tensões indo-paquistanesas, Nova Deli ameaçou lançar mísseis contra o Paquistão, enquanto Islamabad repeliu dizendo que iria responder lançando "três vezes mais" mísseis, escreveu neste domingo (17), a agência Reuters, citando diplomatas ocidentais, bem como fontes paquistanesas, indianas e norte-americanas.
Sputnik
O agravamento do conflito começou a 14 de fevereiro, quando em um ataque suicida foram mortos 45 agentes dos serviços especiais indianos na região de Caxemira. A responsabilidade pelo ataque foi reivindicada por um grupo islamista que opera na região.
CC BY-SA 2.5 / Rajan Manickavasagam, Christian Alexander Tietgen / Astra Mk-I missile |
Em seguida, a Índia atacou posições desse grupo no território paquistanês, ao que a Força Aérea do Paquistão respondeu atingindo instalações militares indianas. Nova Deli e Islamabad anunciaram também a derrubada de aviões um do outro durante combates aéreos.
À medida que as tensões aumentavam, a Índia ameaçou disparar seis mísseis contra alvos específicos do Paquistão. A intenção foi confirmada por um ministro paquistanês e um diplomata ocidental em Islamabad.
O Paquistão disse que iria responder a qualquer ataque de mísseis com muito mais lançamentos. "Nós dissemos que, se vocês disparassem um míssil, nós dispararíamos três. Faça a Índia o que fizer, responderemos três vezes a isso", disse um ministro paquistanês à Reuters.
Fontes da Reuters disseram que a libertação do piloto indiano Abhinandan Varthaman ajudou a amenizar as tensões entre os dois países.
Atualmente, as duas potências nucleares continuam demonstrando seus "músculos" militares. No início desta semana, a Índia apresentou o Pinaka Mk II, a mais nova versão de um lançador múltiplo. Enquanto isso, o Paquistão testou com sucesso um novo míssil de maior alcance, o JF-17 Thunder, desenvolvido no país.