O movimento islamita Hamas, que clama abertamente pela destruição de Israel, prometeu tomar medidas contra aqueles que lançaram foguetes contra Tel Aviv na quinta-feira (14).
Sputnik
A promessa foi anunciada depois de o porta-voz das IDF, Avichay Adraee, afirmar que as tropas israelenses atacaram cerca de 100 alvos na Faixa de Gaza em resposta ao lançamento de foguetes contra Tel Aviv vindos de território palestino.
Militantes do Hamas © REUTERS / Ibraheem Abu Mustafa |
"Estamos acompanhando o lançamento de foguetes de Gaza contra o consenso nacional e o ministério tomará medidas contra os violadores", declarou o Ministério do Interior, dirigido pelo Hamas, na sexta-feira (15).
A declaração do ministério surgiu quando The Times of Israel citou um oficial do Hamas, que preferiu manter anonimato, dizendo que o movimento "não tem nenhum interesse na escalada do conflito" e que ele "não faz ideia" quem disparou foguetes contra Tel Aviv em 14 de março.
O porta-voz do Movimento da Jihad Islâmica na Palestina (PIJ), Dawood Shehab, por sua vez, rejeitou relatos de que a PIJ estava por atrás do lançamento de foguetes, chamando de "mentiras e declarações sem fundamento". Ele também ressaltou que sua organização está "comprometida com o entendimento do cessar-fogo [entre o Hamas e o Estado judaico]" se Israel "parar de agredir o povo palestino".
Hoje (15) cedo, mídias palestina e israelense informaram que Tel Aviv e Hamas tinham acordado um cessar-fogo após recentes lançamentos, mas Israel não confirmou as notícias.
O Hamas busca a criação de um Estado palestino independente e quer que Israel se retire dos territórios palestinos ocupados depois da guerra de 1967. O movimento, que está na lista negra de Israel como organização terrorista e que realizou repetidamente ataques de foguetes a Tel Aviv, governa a Faixa de Gaza independentemente da autoridade palestina.