A defasagem do equipamento militar brasileiro representa ameaça à segurança nacional maior do que o crime organizado ou a crise na Venezuela, disse o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva.
UOL | DefesaNet
"Nosso papel é manter a paz, e para isso você precisa de um poder de dissuasão e ter Forças Armadas compatíveis com o tamanho estratégico do Brasil", disse Azevedo e Silva em entrevista em seu gabinete.
"Nosso papel é manter a paz, e para isso você precisa de um poder de dissuasão e ter Forças Armadas compatíveis com o tamanho estratégico do Brasil", disse Azevedo e Silva em entrevista em seu gabinete.
Ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva |
O ministro citou a extensão territorial, os vastos recursos naturais e a vulnerabilidade das fronteiras como características do Brasil que exigem vigilância total. "O material não pode ficar parado no tempo, obsoleto."
O risco que um equipamento defasado representa supera as ameaças do crime organizado transnacional, da instabilidade na Venezuela e da guerra cibernética, disse Azevedo e Silva. Para atender às demandas de segurança nacional, o governo federal precisa aumentar, e não reduzir o orçamento da Defesa, disse o ministro.
Segundo dados do ministério, o orçamento da pasta previsto para este ano é R$ 14,9 bilhões, contra R$ 17 bilhões em 2018. Os gastos com Defesa representam 1,4% do PIB, proporção menor que países como Equador, Chile e Bolívia, para citar apenas países sul-americanos.
Os dados são do Stockholm International Peace Research Institute (SIPRI), um think tank especializado em pesquisas sobre armamento. Segundo Azevedo e Silva, o orçamento apertado ameaça a existência dos programas mais importantes das Forças Armadas, com o Prosub (construção de submarinos, incluindo um de propulsão nuclear), o Gripen (caça desenvolvido com a sueca SAAB) e o Sisfron (sistema de monitoramento de fronteiras). "A gente tem os programas, falta oxigênio", disse o ministro.
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